Uma tela em branco

Por Cris De Luca

Quantas vezes você já escutou a expressão "a vida é uma tela em branco"? Você já parou para pensar que a vida na verdade é feita de telas, múltiplas telas (ou seriam canais?) e não, não estou falando de tecnologia? Tudo bem que até certo tempo atrás a gente falava em folha em branco e não tela, mas isso não vem ao caso, né? Enfim?

Como você se sente quando dá de cara com uma tela/folha totalmente em branco? Eu já fui do tipo de sair fazendo e acontecendo sem pensar muito do que queria escrever, dizer, desenhar, independente do formato, eu só queria viver sem pensar muito. Mas também já travei muito, fiquei horas olhando para ver se conseguia sair do lugar, escrever uma linha qualquer e nada, era branco na tela e branco do lado de cá também. E é cada frio e dor de barriga que dá. É cada medo e insegurança de bate.

Por isso falei que a vida era multitela, afinal, a cada momento tem algo novo e inédito acontecendo por aí, muitas vezes até mesmo sem a gente se dar conta. Os desafios aparecem quando a gente menos espera e, em algumas ocasiões, são algo que tu sempre quis, sempre se imaginou fazendo, nunca conseguiu uma oportunidade real oficial de colocar em prática e daqui a pouco aparece a tela limpinha com um bilhete "pronto, estou aqui, agora é só me começar a escrever mais esse capítulo da tua vida".

Cá estou eu com mais uma tela em branco pela frente! E, confesso, que este ano tem se mostrado um exemplar a parte da vida com tantos novos momentos nele: o lançamento do coletivo Gengibre, ter voltado às origens, olhar e trabalhar mais próximo da minha terrinha em Santa Catarina e, agora, com todo orgulho e prazer do mundo, me tornar professora da Uniritter. Sim, meus amores, quando eu disse que não iria entrar em sala de aula este ano, disse que não seria aluna, mas não falei nada sobre ter uma ou algumas turmas para chamar de minha, né?

Se eu olhar para o meu segundo semestre do ano passado, principalmente, os dois últimos meses do ano, e olhar para o que estou vivendo agora, nem parece que foi ontem que eu estava em frangalhos, me sentindo o ser mais impostor do mundo, achando que era uma profissional meia boca e que não daria conta de terminar o TCC e me formar como planejado. Ainda bem que eu confio no Universo e, como sagitariana incorrigível, sempre olho para o que acontece tentando encontrar as lições a serem aprendidas. Nada acontece se não for para a gente crescer e para o bem de todos nós.

Agora é curtir, aproveitar essa bela oportunidade e encarar com todo prazer e responsabilidade esse desafio de auxiliar na construção de conhecimento desse povo que vem por aí! Grata pela confiança mais uma vez, meu povo! Partiu escrever, rabiscar, desenhar mais esse pedacinho da minha história! <3

Autor
Jornalista, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, especialista em Marketing e mestre em Comunicação - e futura relações-públicas. Possui experiência em assessoria de imprensa, comunicação corporativa, produção de conteúdo e relacionamento. Apaixonada por Marketing de Influência, também integra a diretoria da ABRP RS/SC e é professora visitante na Unisinos e no Senac RS.

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