Vexames sem fim

Por Rafael Cechin

Quando a gente imagina que tudo vai melhorar, o desempenho da dupla Gre-Nal nos assusta ainda mais. Veja bem: não são só os resultados ruins, o problema é a falta de perspectiva de melhoras em breve. A última semana acentuou esse sentimento. A sequência de vitórias do Inter se encerrou, o Grêmio naufragou em mais uma competição do ano. O sofrimento das torcidas não acaba, só piora.

Que essa semana seja bem melhor. O Grêmio tem o Fortaleza na Arena num jogo atrasado do Brasileirão, depois sai para enfrentar o Fluminense e parece que a qualquer momento o Mano Menezes vai cair. Não há evolução, no jogo com o Palmeiras no fim-de-semana o adversário fez gol no início e depois só ficou controlando no restante do tempo.

O ataque ainda depende de jogadas individuais, a defesa é facilmente dominada. Não dá mais. Os torcedores nem puderam celebrar direito a compra do estádio pelo seu futuro presidente e atual mecenas. Se não quiser chegar ao quarto rebaixamento, precisa mudar urgentemente.

A frustração com o time não acaba. E o que praticamente terminou foi o ano do clube, que a partir do dia 24 de julho, com cinco meses de futebol pela frente, só terá para disputar posições intermediárias no Brasileirão. É muito pouco. A eliminação para o Alianza Lima foi mais um vexame, não só por não ter conseguido vencer o time peruano, antes por não ter se classificado direto para as oitavas num grupo que era fraco na Copa Sul-Americana. Nada funciona.

O Inter também frustrou todo mundo com o empate diante do fraco Vasco no Beira-Rio. O próprio Roger admitiu que fez os piores 30 minutos desde que ele assumiu o comando do time. Muito ruim. Até se impôs no segundo tempo, mas não deu mais tempo de virar. No meio da semana, tem Fluminense na Copa do Brasil.

O lado vermelho está longe, claro, dos líderes e de ser candidato a algo melhor porque patinou muito, mas estava fazendo o que deveria ser feito antes de retomar as participações nas Copas. Naufragou. Depois dos cariocas, tem mais um confronto em casa contra o São Paulo. Se tudo der certo, pode embalar. Difícil de acreditar, no entanto.

Até quando vai esse sofrimento? Esperamos que não muito longe.

Autor
Jornalista graduado e pós-graduado em gestão estratégica de negócios. Atua há mais de 25 anos no mercado de comunicação, com passagem por duas décadas pelo Grupo RBS, onde ocupou diversas funções na reportagem, produção e apresentação, se tornando gestor de processos e pessoas. Comandou o esporte de GZH, Rádio Gaúcha, ZH e Diário Gaúcho até 2020, quando passou a se dedicar à própria empresa de consultoria. Ocupou também, do início de 2022 ao final de 2023, o cargo de Diretor Executivo de Comunicação no Sport Club Internacional. Atualmente mantém a própria empresa, na qual desde 2021 é sócio da Coletiva,rádio, e é Gerente de jornalismo e esporte da Rádio Guaíba.

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