Brasileiras querem ver maternidade de forma mais realista na publicidade, diz estudo

Levantamento da consultoria 65|10 apontou que 79% das entrevistadas não estão satisfeitas com as propagandas

Dados da pesquisa foram divulgados pela 65|10 - Reprodução

O estudo 'Mães Reais, um retrato da maternidade no Brasil', conduzido pela consultoria 65|10, revelou que o público feminino brasileiro acredita que a maternidade pode ser retratado de forma mais realista na publicidade nacional. Essa foi a resposta de 79% das entrevistadas.

O público-alvo dos anúncios sobre o tema está mais velho, conforme os dados coletados. Porém, segue alta a incidência de mulheres pobres e negras grávidas. O que mais chama a atenção na pesquisa é que, ao contrário dos benefícios de ser mãe, comumente retratados nas propagandas, a maioria das participantes ouvidas - 63% - quer ver na mídia os desafios que enfrentam no dia a dia.

Estereótipos

Um dos estereótipos explorados pela publicidade, identificados no levantamento, é a maternidade compulsória -pressão social para a mulher engravidar. A designação é reforçada em peças que identificam a maternidade como sonho geral do público feminino. Porém, segundo a 65|10, 55% das grávidas no Brasil dizem não terem desejado a maternidade na época da concepção.

O processo da gravidez também é estereotipado nas propagandas, de acordo com o estudo, sendo apresentado sem as preocupações e frustrações comuns às grávidas. O material divulgado ainda destaca que isso também prejudica mães adotivas e madrastas, por exemplo.

Outro perfil estereotipado, segundo o material, é o da mãe ideal. A 65|10 aponta o arquétipo da mãe que cuida dos filhos sozinha, está sempre feliz e não erra, como uma fonte de pressão às mulheres.

Futuro

Além de identificar padrões negativos a serem melhorados na publicidade, o estudo apresenta um checklist para desconstruir esses erros nas campanhas futuras. Confira a apresentação completa do levantamento aqui.

 

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