1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Meu nome é Ananda Müller, tenho 33 anos e sou natural de Paraíso do Sul. Sou comissária de voo e jornalista. Iniciei no Jornalismo em 2009, na TV Campus da UFSM, seguindo para a TV Pampa Santa Maria em 2011, Gaúcha SM em 2012, Rádio Guaíba em 2014 e RDC TV em 2020. Além disso, me tornei comissária de voo da Gol em 2020, empresa onde sigo vinculada, mas em licença, desde o início da pandemia

2 - Você saiu da Rádio Guaíba para seguir o sonho de trabalhar no setor de aviação. Deu saudade do Jornalismo?

Na verdade, foi tudo tão rápido que nem tive tempo de sentir saudades. Saí da Rádio Guaíba em 31 de janeiro e iniciei na Gol em 10 de fevereiro. Na metade de março, na finalização do treinamento, veio a pandemia e tudo mudou. Fomos encaminhados para licença e, por sorte, não houve demissão. Acabei voltando para Porto Alegre, onde tive uma segunda mudança drástica em poucos meses. Com a redução abrupta de salário, passei a buscar freelas no Jornalismo que, por sorte, logo surgiram. Desse modo, a saudade propriamente dita, nem teve tempo de se manifestar.

3 - Você volta para fazer parte da cobertura das eleições 2020 na RDC TV. Como está sendo este novo desafio?

O desafio é gigante. Já atuei em televisão no início da carreira, por três anos, mas é totalmente diferente daquilo que fazia nos últimos seis anos. E trabalhar com política, em um período tão conturbado do ponto de vista ideológico, é um agravante na responsabilidade, que torna tudo ainda mais minucioso e criterioso. Entretanto, como sou movida a novos desafios, aceitei prontamente o convite e agora estou coordenando a cobertura das eleições pela emissora. Serão dois debates (prefeitos e vices), além de extensa agenda de entrevistas com os candidatos, na Capital e no Interior.

4 - Muitos profissionais que saem do Jornalismo para outro ramo, acabam se tornando criadores de conteúdo. Tens essa vontade?

Não, de forma nenhuma. Não tenho qualquer interesse nessa área, mesmo sabendo ser promissora e rentável. Gosto de atuar formalmente, no que costumamos chamar "velho modelo". Deixo à nova geração esse papel junto às redes e demais mídias. Reconheço o nicho e admiro o talento de quem o explora, mas não tenho interesse. Quem me segue, vai ver muitos gatos e algumas selfies, nada além disso.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Sou imensamente grata a tudo que o Jornalismo proporcionou e ainda proporciona na minha caminhada. Foi nele que encontrei guarida nestes tempos difíceis que enfrentamos. Mas, com todo respeito que devo a ele, espero em 2025 estar enraizada no grande sonho que venho nutrindo nos últimos anos: voar.

Essa entrevista foi realizada pelos alunos de Estágio I do curso de Jornalismo, do Centro Universitário Metodista IPA. Texto: Douglas Webber.