Cinco perguntas para Danton Júnior

Repórter do Correio do povo fala sobre cobertura da tragédia em Santa Maria e as visões sobre o Jornalismo

1.       Quem é você, de onde veio e o que faz?
 Meu nome é Danton Júnior, tenho 28 anos e sou formado em Jornalismo pela Universidade de Cruz Alta (Unicruz). Nasci e moro em Porto Alegre. Sou repórter de Geral do Correio do Povo desde 2010. Antes, trabalhei no jornal O Informativo do Vale, de Lajeado.
2.       Como foi o desafio de cobrir o acidente em Santa Maria?
Uma das situações mais difíceis que um repórter pode testemunhar é ver uma mãe ou pai perder um filho. Em Santa Maria, esta cena se repetiu 239 vezes. Foi desgastante para todos os jornalistas que estiveram na cidade, mas nada comparável à dor que estas famílias estão sentindo. É muito difícil entrevistar alguém que acabou de perder um filho, mas, contando a história dessas pessoas, podemos ter uma noção do que se perdeu com a tragédia, em vez de tratá-los apenas como um número.
Também foi difícil pelo grande volume de informações que circularam - nem todas verdadeiras -, principalmente nos primeiros dias após o incêndio. Acho que todos os que participaram desta cobertura saíram de lá modificados, pois é impossível não pensar nas nossas próprias famílias e amigos.
3.       O que todo repórter precisa saber?
Amar o que faz é essencial. Também precisa ter a consciência de que sempre temos algo a aprender.
4.       O que mais lhe dá prazer na profissão?
Ouvir e contar a história das pessoas, em especial daquelas mais simples.
5.       Quais são os planos para os próximos cinco anos?
Fazer um mestrado, viajar pela América do Sul e continuar fazendo o que gosto: reportagem.
Imagem

Comentários