Dez profissionais integram Grupo de Investigação do Grupo RBS

Novo núcleo de jornalismo foi apresentado nesta sexta-feira e será liderado pelo editor Carlos Etchichury

O Grupo de Investigação, novo núcleo de jornalismo da RBS, foi lançado nesta sexta-feira, 2. Dez profissionais integram o time de jornalistas investigativos, que, segundo a empresa, foi inspirado no modelo da equipe retratado no filme Spotlight, que venceu o Oscar de Melhor Filme de 2016. O GDI reúne nove jornalistas premiados de Zero Hora, Diário Gaúcho, Rádio Gaúcha e RBS TV, que serão liderados pelo editor Carlos Etchichury.
Participam do time os repórteres Adriana Irion, Carlos Rollsing, Humberto Trezzi e José Luís Costa, de Zero Hora; Jeniffer Gularte, do Diário Gaúcho; Cid Martins, da Gaúcha; e Giovani Grizotti, Jonas Campos e Fábio Almeida, da RBS TV. O grupo mescla perfis que se complementam entre si, e conta com repórteres experientes em jornalismo de dados, outros que dominam as técnicas da infiltração jornalística, alguns focados em fontes na área política e profissionais com maior conhecimento na área policial. Etchichury explica que a ideia é que, desse grupo diversificado, nasçam grandes investigações jornalísticas, "com apurações minuciosas sobre assuntos relevantes para o nosso público, sempre pautados pela ética e voltados para o nosso papel de cobrar soluções e respostas".
Os integrantes dos impressos atuam no dia a dia em uma área reservada, no ambiente da redação integrada de ZH e DG. Os demais repórteres produzem seus materiais nas redações da Rádio Gaúcha e da RBS TV. Denúncias e sugestões de pauta podem ser enviadas para a equipe do GDI pelo e-mail [email protected].
De acordo com a assessoria do grupo, a estruturação do núcleo sinaliza o reforço do investimento da RBS no gênero do jornalismo investigativo, que demanda profunda apuração e recursos para revelar informações que tenham alto impacto econômico, político e social. A primeira reportagem da equipe será publicada e veiculada na próxima segunda-feira, 5, em Zero Hora e RBS TV.
Para o vice-presidente Editorial do Grupo RBS, Marcelo Rech, o jornalismo investigativo é fundamental para a sociedade, especialmente em uma era em que as desinformações circulam em larga escala pelas redes sociais. "O Grupo RBS tem uma tradição de décadas em reportagem investigativa e agora, com a criação do GDI, reafirma, em mais um grande passo, seu propósito de informar para transformar positivamente a sociedade", observa.
Conheça o perfil e a experiência dos integrantes do GDI:
Carlos Etchichury, 42 anos, editor
Jornalista formado pela PUC, é editor-chefe do Diário Gaúcho. Em quase duas décadas como profissional do Grupo RBS, foi reconhecido, como repórter de Zero Hora, nos prêmios Esso (duas vezes), Embratel (três vezes), Direitos Humanos e ARI, além de ter o título de Jornalista Amigo da Criança (distinção concedida pela Andi). É coautor dos livros "Os Infiltrados - Eles eram os olhos e os ouvidos da ditadura", escrito em parceria com Carlos Wagner, Humberto Trezzi e Nilson Mariano; e "45 Anos de Reportagem", lançado para celebrar os 45 anos de ZH. Como repórter, concentrava sua atuação em áreas como direitos humanos, violência, corrupção, além de produzir grandes reportagens sobre diferentes assuntos. Desde que se tornou editor, em 2012, Etchichury coordenou coberturas como a da tragédia da Boate Kiss e a da crise na área da segurança pública.
Adriana Irion, 44 anos, repórter
Formada em Jornalismo pela PUC, trabalha há 24 anos em Zero Hora. Repórter especial, atuou em diversas áreas, tendo como foco, a partir de 1995, na Editoria de Polícia, investigações de crimes, em presídios e em unidades de internação de adolescentes. A partir de 2007, passou a atuar como repórter de Política. Em 2012, foi uma das autoras da série Meninos Condenados, vencedora de cinco diferentes prêmios nacionais e internacionais, entre eles, o Prêmio Esso e o 2º Lugar do Prêmio Ipys de Reportagem. Também participou de coberturas como a da tragédia na Boate Kiss e a da morte do menino Bernardo. Em 2016, foi autora da reportagem "Dinheiro pelo bueiro", na qual mostrou desvios milionários no Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) de Porto Alegre.
Carlos Rollsing, 32 anos, repórter
Jornalista formado pela Unisinos, é repórter de Zero Hora desde 2011. Iniciou focado na cobertura política e, depois, ampliou atuação para temas como imigração contemporânea e reportagens investigativas. Como enviado especial, participou de coberturas como da operação Lava-Jato, do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e o velório e enterro do ex-governador pernambucano e então candidato à Presidência Eduardo Campos, em Recife. Foi vencedor dos prêmios Petrobras e MPT de Jornalismo. Também alcançou distinções promovidas pela Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Rio Grande do Sul.
Cid Martins, 45 anos, repórter
Jornalista formado pela Ufrgs, atua desde 2001 na Rádio Gaúcha, nas áreas de investigação e polícia. Nesse período, o repórter fez curso de investigação jornalística na Alemanha e participou de várias coberturas, como a ocupação do morro do Alemão no Rio, em 2010. Em 20 anos de profissão, Cid já ganhou 105 prêmios jornalísticos, sendo o quinto repórter mais premiado do país e o primeiro em rádio.
Fábio Almeida, 34 anos, repórter
Jornalista formado pela Unisinos, entrou no Grupo RBS em 2002, na Rádio Gaúcha, e é repórter investigativo da RBS TV desde 2009. Está na lista dos jornalistas mais premiados do Brasil - conquistou mais de 40 prêmios regionais, nacionais e internacionais de jornalismo, entre eles, o Prêmio da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Prêmio do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Prêmio Vladimir Herzog, Prêmio Embratel, Prêmio Petrobrás, Prêmio Internacional José Hamilton Ribeiro, Prêmio Internacional Rey de España.
Giovani Grizotti, 43 anos, repórter
Jornalista formado pela PUC, acumula como repórter mais de 50 prêmios. Foi indicado quatro vezes a um dos mais importantes prêmios do jornalismo investigativo americano, o IRE Awards. É repórter da RBS TV e elabora reportagens especiais para o Fantástico e telejornais da Globo. Entre as reportagens de maior repercussão, está a que revelou esquemas de pagamento de propinas a médicos por distribuidoras de implantes, a chamada máfia das próteses. Giovani também ganhou o Esso de TV duas vezes com matérias investigativas como a Farra dos Vereadores.
Humberto Trezzi, 54 anos, repórter
Jornalista formado pela PUC, tem 32 anos de carreira e mais de 60 prêmios. Está há 28 anos em Zero Hora, atuando, sobretudo, na cobertura de segurança pública e investigação. Ganhou dois prêmios Esso, um dos de maior prestígio no País, além de um Embratel e diversos nas áreas de Direitos Humanos. Entre as investigações de maior destaque estão "Minha Casa, Minha Fraude", sobre irregularidades no maior programa habitacional do País e "Universidades S.A.", sobre beneficiamento privado de professores que deveriam se dedicar com exclusividade ao ensino público.
Jeniffer Gularte, 26 anos, repórter
Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), começou a carreira em 2010 no jornal Gazeta do Sul, em Santa Cruz do Sul. Desde 2014, é repórter da editoria de Geral do Diário Gaúcho, em Porto Alegre. No jornal, tem atuação voltada para matérias de saúde, educação, gastos públicos e mobilidade urbana, utilizando, principalmente, dados e informações obtidas via Lei de Acesso à Informação (LAI).
Jonas Campos, 46 anos, repórter
Em mais de duas décadas como jornalista profissional, Jonas realizou inúmeras matérias sobre violação de direitos humanos em diferentes regiões do Brasil. Como repórter, conquistou prêmios ARI, Embratel, Esso, Ayrton Senna, Movimento dos Direitos Humanos, entre outros. É repórter da RBS TV e, desde 1996, faz reportagens especiais para o Jornal Nacional.
José Luís Costa, 52 anos, repórter
Jornalista formado pela Unisinos, é repórter de Zero Hora desde 1998. Conquistou 11 prêmios jornalísticos com matérias investigativas. Entre eles, o Prêmio ARI em 2009 e 2012, além do Prêmio Esso Regional Sul e o segundo lugar no Prêmio Latinoamericano de Periodismo de Investigação. Em 2013, venceu o Prêmio Esso de Jornalismo com a reportagem "Os arquivos secretos do coronel do DOI-Codi". A reportagem mudou a história do Brasil, desvendando duas das maiores farsas montadas por militares durante a ditadura no Brasil (1964 a 1985).

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