Familiares de jornalistas processam Chapecoense pelo acidente aéreo

Advogado dos parentes dos profissionais de imprensa mortos na queda do avião alega que a responsabilidade é do clube

07/02/2017 13:45
Familiares de jornalistas processam Chapecoense pelo acidente aéreo
Famílias de sete jornalistas vítimas do acidente aéreo ocorrido em novembro do ano passado em Medelín, na Colômbia, entraram com processo jurídico contra a Associação Chapecoense de Futebol. Conforme o advogado dos parentes dos profissionais de imprensa mortos na queda do avião, João Tancredo, a culpa é do clube por ter fretado a aeronave. "A Chapecoense terá que ser processada, não tem jeito. Ela tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino", declarou. Tancredo solicitou à Justiça o contrato acordado entre o time de futebol e a empresa aérea LaMia, a fim de verificar quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. "Teria que ter sido feita apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória", afirmou. O advogado está apurando quem realizou o pagamento das passagens aéreas dos jornalistas e demais profissionais de imprensa que estavam no voo. Segundo Tancredo, se houver a comprovação de que os veículos de Comunicação custearam as viagens, estas empresas também terão responsabilidade indenizatória. O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, argumentou que os parentes de todas as vítimas devem se unir contra os culpados pelo acidente. "O advogado está no direito de fazer o que quiser, mas não somos responsáveis pelo acidente; somos vítimas também. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, com a companhia aérea e com o governo boliviano", defendeu. Ainda segundo Palaoro, as famílias dos jogadores e funcionários do time receberam indenização de 28 salários pela Chapecoense e 12 da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "As famílias dos jornalistas também já receberam os seguros feitos por suas empresas", contou, e afirmou que o clube não possui recursos financeiros para pagar "indenizações milionárias".