O governo de Eduardo Leite completou 100 dias nesta terça-feira, 9, e a secretária estadual de Comunicação, Tânia Moreira, fez uma avaliação sobre este período, no que se refere à sua área. Ela explicou ao Coletiva.net que, inicialmente, fez a estruturação das equipes de trabalho e se concentrou em avaliar os canais disponíveis e as práticas dos departamentos de Jornalismo e Publicidade.

Uma das ações anunciadas no começo da função consistia em estreitar relações com a imprensa. Para isso, Tânia organizou uma agenda de visitas a redações que se iniciou na segunda quinzena de janeiro, em veículos da Capital e de Pelotas (cidade do governador). Sobre isso, a secretária informou que dará continuidade "na medida em que a agenda de trabalho permitir". De acordo com ela, foram 15 veículos visitados em Porto Alegre, entre rádios, TVs e jornais - que não foram especificados -, além de entidades representativas, como Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), Associação dos Jornais do Interior do Rio Grande do Sul (Adjori), Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Associação dos Diários do Interior do RS (ADI), Associação dos Profissionais de Imprensa do Vale do Taquari (API/VT). Em Pelotas, 18 empresas de mídia foram visitadas.

Na primeira quinzena de março, foi realizado o I Encontro de Comunicação, o Pensar_Com, cujo objetivo era aproximar e dialogar sobre a comunicação que será feita nas secretarias ligadas ao governo do Estado. Das ações debatidas no evento, Tânia garantiu que "praticamente todas as que foram apresentadas estão sendo implementadas, tanto na área de Publicidade quanto de Jornalismo". Ela destacou o sistema de relacionamento com as secretarias, criado para aprimorar o processo de alinhamento entre todos os órgãos do governo.

A respeito da situação das emissoras públicas TVE e FM Cultura, que, desde a extinção da Fundação Piratini, está a cargo da Secom-RS, a secretária se limitou a dizer que a Secretaria está "trabalhando passo a passo no assunto TVE" e que o diretor responsável pela emissora, Caio Klein, está fazendo levantamento das necessidades para qualificar a grade. O gestor foi gerente técnico da Unidade Rádios do Grupo RBS no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e gerente-executivo de Operações da RBS TV e da extinta TVCom. Tânia não deixou claro, porém, como e onde os veículos estão operando agora. Coletiva.net tem informações de que as emissoras estão trabalhando com cerca de 100 profissionais e que apenas três programas são produzidos localmente. O restante da programação provém da rede nacional. A questão também entrou em pauta, porém, não teve resposta.

Para os próximos quatro anos, Tânia reforçou que seguirá com o compromisso de dialogar com a sociedade com transparência, prestação de contas, tratamento isonômico de veículos. "É o que norteia o nosso trabalho e vai nos acompanhar até o final do mandato. Mas, como encaramos a comunicação como uma estratégia de governo, necessariamente vamos precisar nos adaptar a novos desafios que serão colocados. Somos essencialmente adaptativos e evolutivos", assegurou.