Painelistas falam sobre administrar marcas de impacto público

Douglas Lunardi, da CBF, e Orestes de Andrade Júnior, da Prefeitura de Porto Alegre, respondem aos questionamentos da plateia

Último painel também tem a participação do público - Divulgação/Coletiva.net

Quando aberto o período para perguntas do público, Orestes de Andrade Júnior, secretário de Comunicação de Porto Alegre, e Douglas Lunardi, diretor de Comunicação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por vezes, convergiram e outras vezes discordaram em razão de suas realidades profissionais diferentes. Perguntados sobre as situações em que ambos trabalham com pessoas públicas e que tramitam com processos judiciais contra si, Douglas comentou que "temos vários focos de trabalho e é difícil chegar para o público e dizer 'tenha paixão nisso e tenha razão naquilo'". Para ele, é mais improvável de o torcedor compreender os dois lados. Para lidar especificamente com este tipo de demanda, o executivo deixou claro que há uma equipe grande para tomar conta dos problemas legais da entidade.

Outro aspecto levantado pelo diretor da CBF foi em relação à conexão com seu público. A política da confederação é a de não responder aos comentários das pessoas nas redes sociais, exceto em questões muito específicas ou de serviço, como jogos e perguntas sobre ingressos. "Esse cuidado é importante, porque, no momento em que respondermos a um comentário e a outro não, estamos fazendo juízo de valor. Se for para interagir, então tem que ser com todos e isso é impossível", declarou.

Já Orestes relatou que é gratificante trabalhar com quem se confia e disse usar sempre da transparência para esses casos. "Quando se tem tolerância zero para corrupção, isso colabora positivamente para a comunicação do Estado. Além disso, tem que saber separar os órgãos públicos dos servidores públicos."

Para lidar com dias em que não há crise nas entidades ou organizações, ou, ainda, não há mote para ser exaltado, ambos concordaram que esses momentos são raridade nos locais de seus trabalhos. Entretanto, Douglas fez a ressalva de que, na CBF, essas ocasiões, ainda que quase inexistentes, são os momentos de vender uma pauta ou publicar algum material que é produzido pela própria entidade. "Infelizmente, quando se administra esse tipo de marca, sobram poucos dias em que se pode criar conteúdo extra com calma", pontuou.

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