Nizan: "Somos uma agência de marketing"

Presidente da África encerra programação oficial

Após a entrega dos troféus ouro do Galo de Gramado, nas categorias Mídia Impressa, Internet e TV, teve início a conferência de encerramento do 16º Festival Mundial de Publicidade de Gramado. Quem conduziu o painel foi Nizan Guanaes, presidente da África Comunicação. O publicitário começou sua explanação dizendo que a arte é supervalorizada: "Quem quer comercial de arte tem que contratar um artista, não uma agência. Agência tem que saber fazer comercial brega, óbvio e até idiota. Quem tem que ter estilo é o anunciante, e ele que resultado, quer ver gol, se puder ser bonito, melhor".


Nizan contou um pouco de sua trajetória no mercado. Ele criou a agência DM9 com um capital de 1 milhão de dólares, e vendeu-a alguns anos depois por 111 milhões de dólares. Foi então ser sócio-presidente do iG, num momento em que as novas mídias ainda não estavam em alta. "Aí, fui anunciante e vi que as agências pensam demais em propaganda, quando deveriam pensar em estratégias de comunicação, entender o modelo mais adequado ao cliente. Ficam cegos pelos prêmios e esquecem seu negócio", criticou. Ele também disse que as agências constróem diferenciação, mas não se diferenciam entre si.


Por isso, criou uma imagem exclusiva para a África. "Somos uma agência de marketing", destacou, explicando que pode até fazer propaganda, mas o foco é dar uma abordagem holística à comunicação, misturar as mídias. "Quero montar o maior grupo brasileiro de comunicação", anunciou. Para exemplificar, citou que 7,5% dos investimentos da África são em internet, enquanto a média nacional é de 1,8%, mas frisou que a web não vem para substituir as mídias tradicionais, e sim para somar. Incentivou os participantes  a anunciar em jornais e revistas segmentadas e apresentou formas de reinventar o uso da televisão, mostrando comerciais desenvolvidos por sua agência.

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