Cinco perguntas para Bibiana Bolson

Jornalista gaúcha, que atua na ESPN, está agora também no futebol da Rede TV

Bibiana Bolson - Divulgação

1 - Quem é você, de onde veio e o que faz?

Eu sou uma mente inquieta, uma alma viajante e um coração aquecido por histórias. Nasci em Giruá, no interior do Rio Grande Sul, e passei os meus últimos anos em diversas cidades, percorrendo o sonho que tenho desde criança, o de ser jornalista.

2 - O jornalismo esportivo sempre foi o foco central das tuas escolhas?

Não. O esporte sempre fez parte da minha vida, venho de uma família muito apaixonada por competições esportivas, Copa do Mundo e Olimpíadas sempre foram destaques na minha casa. Tive a oportunidade cobrir o Gauchão em 2013, depois veio a Copa do Mundo, a Eurocopa, Rio 2016... e aí nunca parei. Já estava no meu destino, mas trabalhei muito e vi uma oportunidade de crescimento.

3 - Como surgiu a oportunidade de trabalhar na ESPN? E na RedeTV?

Eu conheci o Rubens Pozzi ainda no começo da minha carreira. Mandei um email "cara de pau", pedindo para conhecer a redação do Rio de Janeiro. Depois disso, mandava algumas matérias para ele e o Palomino (VP de Jornalismo da ESPN). Quando a Débora Gares precisou sair de licença-maternidade, eu tinha rescindido contrato com outra emissora. Estava buscando outros rumos e achava que não "servia" mais para o Esporte. Ganhei um contrato de seis meses.

Pelos ótimos profissionais com quem trabalhava e pelo tratamento que recebi, rapidamente vi que a ESPN era diferente de tudo que eu já tinha experimentado. Redescobri-me e fui recebendo oportunidades. A RedeTV apareceu por uma conversa com a Roberta Gabardo, ex-repórter da emissora. Soube que eles estavam investindo no Esporte e que procuravam uma apresentadora para os projetos, como exerci essa função por um bom tempo, considerei uma oportunidade de voltar para um canal aberto (trabalhei na afiliada da Globo durante quatro anos).

4 - A atuação da mulher no Jornalismo Esportivo tem sido frequentemente debatida. Como foi a criação do ESPN W?

A atuação da mulher deve ser naturalizada. Sim, precisamos brigar por espaço, mas isso deve ocorrer de forma mais natural também. Pela nossa capacidade, pelo nosso preparo. O ESPN W, na verdade, é pilar da ESPN, que entende que o esporte é para todos, e isso significa construir um ambiente inclusivo também. Dar espaço e visibilidade para histórias inspiradoras, para esportistas e mulheres comuns, que são protagonistas em diversas esferas. É a nossa forma de reforçar nosso compromisso com um mundo mais igual.

5 - Como te imaginas daqui a cinco anos?

Eu me imagino feliz. Há metas estabelecidas de forma pessoal, mas entendo que, naturalmente, com esforço e resiliência, eu vou alcançá-las. Há cinco anos, talvez não pensava que a menina do interior do Rio Grande do Sul chegaria onde eu cheguei. Por mais que a gente planeje, a vida sempre nos reserva surpresas. Espero estar feliz fazendo o que amo.

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