'IA e Cultura da Experimentação' é o tema do terceiro painel da tarde no 'Alright Summit'

Especialistas do Google e Netflix compartilharam estratégias e tecnologias que estão transformando o cenário digital

Maria Luiza Borges mediou o painel - Crédito: Reprodução

O terceiro painel da tarde desta quarta-feira, 21, do 'Alright Summit' tratou sobre o tema 'IA e Cultura da Experimentação'. Mediado por Maria Luiza Borges, diretora de negócios digitais do Grupo Norte Comunicação, o encontro digital trouxe insights sobre como tornar a inovação acessível para todos. Especialistas do Google e Netflix compartilharam estratégias e tecnologias que estão transformando o cenário digital. Participaram do evento Domingos Secco, fundador e CEO da Alright, Eduardo Lundgren, Senior Software Engineer na Netflix, e Ricardo Fiorotto, Parceiras Estratégicas para Indústria de Notícias na Google. 

O debate começou com Eduardo recordando que há 15 anos o mercado ainda tentava entender o que era o Cloud e que atualmente proporciona diversas opções de soluções. "O mercado de Inteligência Artificial (IA) chegou a cinco bilhões de dólares no último ano, mas tem poucas opções. Fica para nós, jornalistas e empresários, desenvolver essa ferramenta", afirmou.

De acordo com o profissional, ferramentas de IA podem criar e raciocinar, software pode, pela primeira vez, interagir com os usuários para automatizar os serviços. "O Cloud substituiu um software por outro. Já a IA substituiu o serviço por software", explicou. Para Eduardo, a automação de serviços pode ser a maior oportunidade de criação de valor da história, com um potencial de 10 trilhões de dólares.

Segundo Eduardo, a eficácia da tecnologia depende da qualidade dos dados cadastrados. A IA só será boa dependendo do conhecimento que ela tem sobre sua empresa, processos e documentos. "Busque plataformas que agreguem valor em todos os níveis da sua empresa", colocou.

Ricardo contou que o público jovem consome notícias e informações por meio de plataformas de vídeos. Apresentou uma série de estudos sobre maturidade de dados e sobre como os usuários navegam nos sites. Além disso, falou sobre a Pinpoint - ferramenta do Google para Jornalismo Investigativo, que organiza os dados informados e interliga as informações e repassa dados mais assertivos. "Temos muitas iniciativas e projetos que mostram a importância do jornalismo para o Google", disse.

Para Secco, o importante é saber onde a empresa está e suas necessidades. "Temos que ir passo a passo, mas sabendo das nossas limitações. Pega uma ferramenta que domina e veja onde consegue ir, sem desperdiçar tempo e dinheiro", avaliou.

Conforme o CEO da Alright, a notícia, como produto do Jornalismo, tem que ser inovada para seguir sendo atrativa ao consumidor. "É importante trabalhar com o marketing, os veículos precisam entender que são uma marca. O consumidor está acostumado com o que há de melhor. Até as fake news são de alta qualidade. Temos que mudar, e 'embalar' melhor o nosso produto, pois não adianta fazer bem feito, se não é atrativo", afirmou.

Ricardo concluiu afirmando que a IA tem que ser usada de forma criativa, pois um veículo não pode querer fazer igual ao concorrente. Cada um deve ter sua identidade. "Você não pode querer ser igual ao New York Times, pois o seu público não é o mesmo, a realidade é outra."


Coletiva.net está em Brasília para cobrir o Alright Summit, promovido pela Alright. O evento, realizado em 21 de agosto de 2024, conta com oito painéis sobre os desafios enfrentados por veículos jornalísticos locais e estratégias para o fortalecimento deles frente a regiões consideradas "desertos de notícias". O público pode conferir matérias e entrevistas exclusivas sobre o evento no portal, repercutidas nas redes sociais - Facebook e Instagram -, além de drops em Coletiva.rádio.

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