Independência é a palavra de ordem de Rosane de Oliveira

Colunista de Política de ZH dividiu o palco com Marta Sfredo e Tulio Milman para falar sobre "Informação exclusiva e opinião" 

Marta Sfredo, Tulio Milman e Rosane de Oliveira | Divulgação12
O terceiro debate do Em Pauta ZH Especial de 52 anos de Zero Hora contou com a presença dos colunistas Rosane de Oliveira, de Política; Marta Sfredo, de Economia; e Tulio Milman, do Informe Especial. Ao discorrer sobre o tema "Informação exclusiva e opinião", o trio de jornalistas enfatizou que a relevância dos colunistas na mídia depende da participação dos leitores.
De acordo com a colunista de Economia de ZH e comentarista da Rádio Gaúcha, Marta Sfredo, é preciso prestar muita atenção no feedback que o leitor dá. "Ele nos alimenta e, em troca, precisamos dar a ele a informação", explicou, acrescentando que isso faz parte do dia a dia do jornalista. "Por isso eu defendo a independência e não a imparcialidade. Precisamos ter a independência de ver coisas boas e ruins dos dois lados da moeda", defendeu, fazendo alusão ao comentário inicial da colunista de Política de ZH e apresentadora da Rádio Gaúcha, Rosane de Oliveira, que disse que "independência é a minha palavra de ordem".
Para o colunista de ZH e comentarista do Grupo RBS, Tulio Milman, o trabalho com as fontes é desafiador, pois é importante haver uma relação de confiança com os informantes, com o cuidado de não se se corromper. "Somos intermediários entre informação, opinião e público", falou. Sobre o furo jornalístico, Tulio avaliou que acredita que trabalhar a informação é melhor do que dar a exclusiva. "Informação é vital, mas ela perdeu a relevância, pois ela é commoditie, ela está em todos os lugares", falou.
O comentarista afirmou que enxerga o colunista como uma espécie de mediador e disse que o papel desse jornalista de opinião não é de trazer a informação exclusiva, mas sim dar um sentido pessoal para o assunto. "Nossa opinião só tem o objetivo de fazer com que as pessoas formem sua própria informação. Não trago a verdade, mas minhas crenças", falou, acrescentando que vê no seu trabalho um propósito de vida, de oferecer elementos para as pessoas pensarem e refletirem.
Marta Sfredo defendeu a ideia de que o principal objetivo dos jornalistas é atingir o leitor, explicando e trazendo informações sobre os acontecimentos, sem favorecer fontes, empresas ou órgãos. "As mensagens que publicamos não são vendidas. Nossos critérios são jornalísticos e editoriais exclusivamente", esclareceu.
O painel se aproximava de seu final quando o secretário de Comunicação do Estado, Cleber Benvegnú, pediu a palavra e questionou sobre como os jornalistas lidam com as patrulhas oficiais. Em resposta, Rosane de Oliveira parabenizou o trabalho realizado pela equipe do secretário, enfatizando que o canal que o atual governo estadual estabeleceu com a imprensa "é muito respeitoso".

Comentários