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Secretário de Comunicação entende prisão de jornalista como ato isolado
Procurado pelo Sindijors, Cleber Benvegnú alega que não compete ao Executivo intervir na atuação das autoridades policiais
Milton Simas e Cléber Benvegnu | Crédito: Bruna Fernanda Suptitz/Sindjors Em nota publicada no site do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors), a entidade informou que o presidente Milton Simas esteve reunido na tarde desta quarta-feira, 13, com o secretário de Comunicação do Estado, Cleber Benvegnú. O encontro foi mais uma tentativa de esclarecer o indiciamento do repórter Matheus Chaparini, do Jornal JÁ. No encontro, Benvegnú alegou que não compete ao Executivo intervir na atuação das autoridades policiais. Conforme a nota, o secretário ouviu o relato de Simas sobre a preocupação da entidade com o desfecho do caso. "Temos feito movimentações junto a setores como o Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Comissões de Direitos Humanos, pedindo atenção a este caso. Queremos conversar com o governador", solicitou. De acordo com a matéria do Sindjors, Benvegnú disse que o governo entende que houve divergência de interpretação entre o papel da instituição policial e do profissional que realizava a cobertura do episódio. "A Polícia entendeu que ele estava com postura de invasor por não ter se identificado", afirmou. O secretário criticou a tentativa de dar uma dimensão política ao fato e disse que a prisão de Chaparini "não é um ato contra jornalistas, contra a democracia, nem contra a liberdade de imprensa. É ato isolado". Benvegnú se colocou à disposição da entidade para intermediar o diálogo com as autoridades policiais, e sugeriu que o sindicato encaminhe formalmente, às corregedorias da Brigada Militar e da Polícia Civil, um pedido de apuração dos fatos, para que investiguem se houve excesso na prisão de Chaparini.