O terceiro painel do 1º Encontro ARP de Grupos foi apresentado pela ex-presidente do Grupo de Mídia Patrícia Angeletti. A publicitária, que atua como diretora de Mídia na W3haus de São Paulo, falou sobre a evolução da comunicação e a rapidez como as coisas estão mudando. "Não estamos preparados pra essas mudanças tão rápidas", defendeu. Sobre o tema, a publicitária ressaltou que é preciso sempre se estimular a pensar o novo.
De acordo com Patrícia, a grande provocação é falar sobre mudança. "Esse é o processo mais importante. Precisamos nos desvestir de algumas verdades, pois as mudanças dão a oportunidade de evoluir", salientou, acrescentando que é preciso tirar amarras e preconceitos para sair do comum. Durante o painel, a profissional apresentou dois vídeos sobre tecnologia e novo comportamento e declarou que "nossa percepção de mundo está em uma tela".
Segundo Patrícia, é preciso falar de uma agência voltada ao consumidor, e não de uma empresa on ou offline. "Foram os meios tradicionais nos fizeram chegar até aqui. A marca precisa do digital na mesma proporção que dos veículos tradicionais", defendeu. Para ela, as agências estão descobrindo o digital, mas como tudo o que é novo, requer estudo e atualização. "É importante atender ao encurtamento de geração que tem a cada mudança", pontuou.
De acordo com dados apresentados, as pessoas verificam o celular 150 vezes ao dia, e um a cada cinco minutos o público passa no Facebook e no Instagram. "Isso justifica o porquê passamos mais tempo discutindo sobre isso e precisamos dedicar mais tempo nesse assunto", informou. Ela explicou que enxerga o Google e o Facebook como os grandes inimigos das agências, pois essas plataformas chegam no cliente com mais propriedade que as empresas de propaganda. Por outro lado, Patrícia defendeu ainda que as agências devem ser estratégicas e parceiras dessas ferramentas, e não concorrer com elas. "Essa é a nossa redescoberta. A discussão é para toda a cadeia produtiva, não somente o on e o offline", disse.
A ex-presidente do GM colocou que, atualmente, as agências e os profissionais da nova geração, que atuam no setor, trazem uma série de pontos positivos para o mercado, pois trabalham em equipe, fazem a diferença, são autodidatas, são desapegados de cargos e estão constantemente insatisfeitos. "Isso reinventa o negócio, antecipa tendências e cria uma cadeia produtiva renovada", explicou. Ela falou também que é preciso saber usar todas as ferramentas - meios, canais, tecnologias. Para ela, hoje, o grande legado é que o profissional de Mídia é um viabilizador. "Temos que abrir nossa caixa de ferramentas para oferecer ao mercado as soluções. Temos que ser uma fonte de alternativas", declarou.
Após o último painel do turno da manhã, os participantes foram convidados ao almoço, que será servido no lounge no auditório do Instituto Ling. Coletiva.net segue com sua cobertura em tempo real, alimentando seu noticiário e redes sociais.