O segundo painel da tarde, que compõe a programação do 1º Encontro ARP de Grupos, foi apresentado pela presidente do Grupo de Atendimento a Veículos (GAV), Vera Bavaresco, que trouxe um vídeo a respeito do objetivo e dos serviços prestados pela entidade. Conforme o filme, é necessário compreender as necessidades do cliente a partir de seus valores, sem deixar a ética de lado. Após a exibição do material, Vera reconheceu que, independentemente da organização onde se trabalha, é necessário aprimorar as competências, não para o mercado, e sim, para a própria carreira.
Para palestrar, a presidente do GAV apresentou o sócio-diretor da agência Conjunto e professor de pós-graduação da Universidade de Caxias do Sul, Marcelo Aimi, que instigou os presentes a meditar sob a justificativa de ser uma prática fundamental para enfrentar o agora. "Os clientes precisam vender hoje. Se eles não venderem, não construirão a marca do futuro", disse, para explicar a importância da atualidade para consolidações futuras. Aimi defendeu que, para quebrar com as rotinas de ansiedade, é preciso estar preparado para as constantes mudanças do consumidor.
A partir disso, diferenciou os modelos de venda atuais e exemplificou que a perda de audiência está mais ligada pela diversidade de produtos e por estes estarem descentralizados. "As bolhas de conteúdo devem ser rompidas pela propaganda on e offline", justificou, e ponderou que, somente desta forma, o coletivo toma conhecimento daquilo que acontece em grupos fechados e menores.
O painelista também destacou que é preciso entender a lógica de como as coisas funcionam pelo surgimento de diferentes ferramentas que interligam e aproximam as pessoas. Salientou, ainda, que a preocupação não pode ser seletiva em tempos de transformações e que não se deve criar ações sem objetivos concretos. "As campanhas passaram a ser mais importantes no Snapchat do que na televisão em vista do movimento de ?todos estarem lá'", afirmou, ao mesmo tempo em que garantiu que o enfoque não deve ser este, mas porque o público-alvo a ser atingido é usuário daquela plataforma. "É necessário pesquisas e dados, não simplesmente avaliar superficialmente", acrescentou.
Além disso, falou sobre o quão importante é o mercado não desistir da propaganda, ainda que tenham acontecido diferentes transformações para desenvolver o processo. Há uma aderência por parte das pessoas em comprar devido aos aspectos culturais. Para ele, o Facebook é a maior empresa de mídia que existe e isto deve ser considerado como opção de venda. A partir desta lógica, debateu sobre a comoditização dos modelos que tornam cada vez mais difícil manter a linearidade. "Pensar a partir de crossmídia é essencial", pontuou, apontando que o planejamento de uma campanha precisa acontecer em paralelo com a televisão e com as redes sociais.
Ao final, abordou as novas lógicas de mercado. "Não sei o modelo, mas prefiro pensar no digital", posicionou-se ao afirmar que está inquieto há três anos com a estrutura empresarial da Conjunto, devido às mudanças que o setor está enfrentado. Segundo ele, não se pode olhar somente para o ambiente digital, pois a solução está em observar o todo.
O próximo e último painel do encontro será a apresentação oficial do Clube de Criação.