Planejamento acredita que marcas devem buscar nova forma de lidar com o público

Visão do grupo sobre o tema foi apresentada pela VP Lara Piccoli

Lara Piccoli, vice-presidente do Grupo de Planejamento | Crédito: Coletiva.net
O primeiro painel do Encontro ARP de Grupos foi apresentado pela sócia-diretora da Morya e vice-presidente do Grupo de Planejamento, Lara Piccolli. A publicitária falou sobre a visão que o GP tem do tema proposto pela Associação Riograndense de Propaganda (ARP), ?Como ser novo de novo??. Dentre os aspectos apresentados está o de que as marcas devem buscar uma nova forma de lidar com o público. Lara também apresentou o novo site do grupo, que foi reformulado: www.gprs.com.br.
Em sua explanação, defendeu que a publicidade precisa começar com um diagnóstico, "como é a mania do Planejamento", brincou a painelista. Com esta proposta, apresentou uma pesquisa de mercado, encabeçada pelo GP e com 155 respostas, sobre estratégia integrada de mídia on e offline, análises e orientações estratégicas on e off como dois serviços prestados pela propaganda que ganham atenção dos clientes e que vale a pena investir. De acordo com Lara, mídias, sócios e veículo eletrônico foram os que mais responderam à pesquisa.
Conforme os resultados do estudo, as agências de endomarketing ainda não estão bem difundidas, o marketing das empresas está focado em melhorar a marca do cliente, a consultoria de mídia ganhará espaço nos próximos 24 meses e as agências com foco no digital estão ganhando ainda mais espaço. Lara mostrou que o grupo reconhece que a demanda de planejamento estratégico de mídia está em fase de crescimento e que a produção de conteúdo e integração de online e offline traz retorno para o cliente. A publicitária também pontuou que os principais focos estão identificados e que "ninguém está sendo surpreendido, pois as coisas estão claras, mas é preciso saber como e quando agir".
Ao final, os presentes interviram e discutiram sobre a presença das agências digitais e a evolução do mercado. Para o head de Criação da DZ Estúdio, Gustavo Mini, é preciso se reinventar, e não aceitar as novas empresas como ameaça. Delmar Gentil, do Sistema Dez, defendeu que o digital deve ser compreendido e que é preciso entender se é preciso ter essa estrutura nas agências tradicionais ou se é melhor ter as digitais como parceiros. "Agência digital também precisa das empresas tradicionais. Para mim, o mercado está se repensando e estudando o que é preciso ser feito", falou. Em resposta, Lara defendeu que essa integração é fundamental e que não existe mais uma separação.
Em clima informal, o debate aconteceu de forma natural. Nenê Zimmermann, sócio-diretor da Armazém de Mídia e colunista de Coletiva.net, disse que o erro é chamar as demais agências de ?tradicional?, ao que Lara concordou e defendeu que a percepção de que as agências digitais são o futuro é uma ideia do próprio mercado. Em defesa do setor, o presidente da Associação Brasileira de Agências Digitais do Estado (Abradi-RS) e publicitário da Agência Cub, Leonardo Cantarelli ressaltou que o mercado mudou e as transformações estão descentralizadas. "Nós, da Cub, estamos sempre em estado de Beta, correndo atrás do que o mercado está fazendo. Na Abradi-RS, nem falamos nos termos on e offline. Não é o digital que está mudando, pois nós estamos buscando o que está acontecendo no mercado", declarou.
Com a discussão empolgada pelas diversas defesas de pontos de vista, a diretoria da ARP interveio, lembrando que há uma programação a ser seguida, mas enalteceu a dinâmica de troca de ideias. O painel a seguir será de responsabilidade do Grupo de Mídia, e o portal Coletiva.net continua acompanhando todas as movimentações do 1° Encontro ARP de Grupos.

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