Sob aplausos, Léo Jaime e Xico Sá encerram SET Universitário

Dupla foi antecedida pelo show da Banda dos Professores da Famecos no Centro de Eventos da PUC

Xico Sá e Léo Jaime | Crédito: Caroline Pacheco
Antecedidos pelo show da Banda dos Professores da Famecos, os jornalistas Léo Jaime e Xico Sá encerraram a terceira e última noite do SET Universitário sob aplausos. Com o auditório do Prédio 40 lotado, o painel "Os loucos pelo que fazem: Papo de segunda" iniciou com a explanação da dupla a respeito da trajetória profissional de cada um. Sá destacou sua história na televisão, que começou no programa Cartão Verde, da TV Cultura, em São Paulo. Apesar de gostar muito de TV, sua paixão é a crônica. "Sou um espectador apaixonado pela vida e me vejo assim por causa da literatura que existe na crônica", justificou, e afirmou que, independentemente da plataforma, sua narrativa é sempre de um cronista. Na sequência, Léo disse que gosta mesmo é do processo de trabalho. "Não é o resultado do que eu faço que me mantém ativo, mas a vontade de fazer", contou.
Depois, a pedido do público, Sá questionou Léo sobre a formação em Jornalismo, que cursou após sofrer uma queixa-crime do sindicato por escrever em jornais. "Eles se incomodaram que estava fazendo sucesso sem ter diploma e queriam que fosse preso", relatou o músico, em tom de brincadeira. Ele aproveitou a oportunidade para criticar os jovens profissionais que, atualmente, visam ao resultado e não usufruem o processo de conquista do sucesso.
Em relação às mudanças no exercício do Jornalismo pelos aspectos financeiros e tecnológicos, Sá ressaltou que, hoje em dia, um profissional precisa ser fotógrafo e repórter de rádio, TV e online ao mesmo tempo. Nesse formato de atuação, onde o jornalista, muitas vezes, é substituído pelo cidadão comum que registra os fatos com o celular, aposta que a diferença entre estes dois personagens está na narrativa das histórias.
Antes de encerrar com a chamada para o programa ?Papo de segunda?, no GNT, que ambos participam, Léo deixou um recado sobre intolerância. O músico chamou a atenção dos presentes para o sentido da palavra tolerância, que, segundo ele, está em falta nas relações. "Não significa aceitar, concordar ou admirar. Tolerar é quando pessoas completamente diferentes convivem pacificamente no mesmo prédio", explicou, e concluiu que as ideias podem brigar, mas as pessoas não.
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