Para diretoria da ARI, proposta de extinção da TVE não tem fundamento

Fundação Cultural Piratini está entre as oito instituições que serão extintas, conforme pacote de medidas do governo estadual

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Com o anúncio do pacote de medidas para enfrentar a crise financeira do Rio Grande do Sul, anunciadas pelo governador José Ivo Sartori, nesta segunda-feira, 21, a diretoria da Associação Riograndense de Imprensa (ARI) se manifesta contrária à proposta do político em extinguir a Fundação Cultural Piratini, que responde pela TVE e pela FM Cultura. Em nota, o presidente da entidade, João Batista de Melo Filho, afirma que a decisão não tem fundamento e que isto será comprovado mediante discussão democrática em âmbito legislativo.
João Batista justifica que não apoia a medida tomada por Sartori, porque a TV pública auxilia no desenvolvimento educacional e cultural da sociedade. "Não se trata apenas de uma operadora de televisão, mas sim, de incentivadora na difusão da capacidade criativa dos melhores valores da nossa cidadania", pontuou na sua manifestação.
A proposta da gestão estadual atual inclui, ainda, o fim das Fundações de Ciência e Tecnologia (Cientec), para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), de Economia e Estatística (FEE), de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), de Tradição e Folclore (FIGTF), de Zoobotânica (FZB), e de Planejamento Metropolitano e Regionalização Administrativa e dos Recursos Humanos (Metroplan).
Confira a nota na íntegra:
Anunciada a proposta de extinção da TVE que será levada à Assembleia pelo governo do Estado causa estupefação a todos os rio-grandenses. Trata-se de uma emissora que não é do Governo, mas sim, Pública. Sua existência marcada por serviços insubstituíveis ao desenvolvimento educacional e cultural do seu publico, sua gente. Não se trata apenas de uma operadora de televisão, mas sim de incentivadora na difusão da capacidade criativa dos melhores valores da nossa cidadania. Esperamos que debate democrático que será travado no legislativo gaúcho venha a demonstrar a absoluta ausência de fundamento nessa proposição. O diálogo, fiador das melhores decisões, mostrará que a revisão da proposta é o único caminho aceitável.
João Batista de Melo Filho, Presidente da ARI

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