Accorde Filmes produz longa-metragem 'Chama a Bebel'
Obra teve estreia em 11 de janeiro e foi distribuída pela Paris Filmes
A empresa gaúcha Accorde Filmes produziu o longa-metragem 'Chama a Bebel', que estreou nos cinemas na última quinta-feira, 11. A obra foi distribuída pela Paris Filmes e contou com a direção e roteiro de Paulo Nascimento. A trama conta a história de Bebel (Giulia Benite), uma adolescente que luta em prol das causas ambientais e sociais.
No filme, Bebel se muda do interior para a cidade grande. A personagem enfrenta as adversidades de um ambiente desconhecido, desafia os estudantes populares do colégio e até mesmo um grande empresário da cidade, que faz testes laborais em animais. Além de Giulia, o elenco juvenil é formado por Pedro Motta, Sofia Cordeiro, Antônio Zeni e Gustavo Coelho. Já o adulto é composto por José Rubens Chachá, Flavia Garrafa e Larissa Maciel.
Segundo o diretor, a história por trás do filme começou quando ele observava a filha adolescente na época, e percebeu que a geração de 13 e 14 anos tem uma visão de mundo muito diferente da dele. O quanto eles prestam atenção em coisas que ele não, e que fariam a diferença no futuro. "Essa foi a inspiração para criar a Bebel, uma menina líder, que acredita em um mundo onde não há um 'planeta B', e que por isso temos que cuidar do nosso de maneira simples, com cada um fazendo a sua parte", explicou em coletiva de imprensa. Ele conta que o filme é de aventura e emoção, com todas as características de um filme adolescente, feita para esta geração que "pensa diferente".
Para Paulo, é uma incógnita como o filme vai chegar para as crianças e adolescentes. "É um projeto de entretenimento, mas que trata de um tema e densidade que não são comuns nos filmes desse gênero. O que mais me atraiu, e acredito que a todos os envolvidos, foi exatamente isso, essa possibilidade de um filme voltado para o público jovem com essa outra camada", explicou.
Os dois personagens protagonistas são cadeirantes, a Bebel e o professor Denis, interpretado por Rafael Muller, que anda de cadeira de rodas na vida real. Antes mesmo do projeto começar, a Accorde já contava com o trabalho de um consultor permanente de acessibilidade, Felipe Mianes, que é uma pessoa com deficiência (PCD) com baixa visão, professor e Doctor of Philosophy (PHD) em educação. "Todo roteiro passou por Felipe, que confere questões relacionadas à acessibilidade e inclusão. E ele foi uma das pessoas que mais nos incentivou para a Bebel ser PCD", contou Paulo.
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