Cinco perguntas para Andressa Griffante

Jornalista atua com Marketing de Influência e, recentemente, lançou a 'Cartilha para Influenciadores Mirins'

06/05/2021 11:00
Cinco perguntas para Andressa Griffante /Reprodução

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou jornalista, empresária, leonina, gremista e 'mãe' de um pug muito lindo, o Freddo. Nasci e moro em Porto Alegre, mas dos 10 aos 17 anos morei em Três Passos e tive o prazer de crescer com os ares e a liberdade do interior. Faço muitas coisas e fica cada vez mais difícil explicar em poucas palavras minha atuação profissional, mas me considero uma empreendedora digital do universo da Comunicação. E acredito que meu propósito tem sido quebrar paradigmas e preconceitos (muitos deles eu mesma tinha) dentro deste segmento. Há relativamente pouco tempo ainda era estranho um jovem jornalista se entender como marca e saber que não precisa estar o tempo todo nos bastidores, mas que pode também estar no palco, inspirando pessoas de diversas formas. O digital possibilitou isso, e eu sempre quis participar ativamente dessa transformação, estar nas novas mídias, conectar-me com as pessoas, dar minha opinião ou compartilhar boas histórias. Hoje, além de poder fazer isso, sou grata por poder ajudar outras pessoas a explorarem o melhor de suas habilidades de Comunicação.

2 - Há pouco mais de um mês, você lançou, junto com o advogado Leonardo Zanatta, a 'Cartilha para Influenciadores Mirins', além de uma temporada do Influcast sobre o tema. Como você avalia o andamento deste projeto?

Estamos cumprindo nosso principal objetivo com o projeto, que é o de fornecer conteúdo gratuito, de qualidade, com pesquisas e, eventualmente, entrevistando especialistas. O bom destes formatos (do podcast e o site com a cartilha) é que o conteúdo gerado por nós ficará à disposição pra sempre. Alguém que procurar sobre o tema daqui um ano vai encontrar um episódio nosso, com algumas informações datadas, mas também muitos debates e considerações atemporais, e ainda vai poder clicar no link e ser direcionado à cartilha, que manteremos atualizada. E, pelo feedback que estamos recebendo, o compilado de episódios dessa temporada está sendo uma trilha importante para guiar pais e responsáveis por crianças e adolescentes sobre exposição e divulgação nas redes sociais. Serve também como base para profissionais de marketing que atendem marcas do segmento mirim. É espantoso o rápido crescimento desse mercado e, assim como há muito investimento e demanda, também crescem as irregularidades. Esse 'manual de boas práticas' é nossa contribuição para um mercado mais ético e responsável. Ao final desta temporada, nossa ideia é seguir criando séries de conteúdos temáticos. Desta forma estamos sempre nos apresentando a públicos diversos, que passam a conhecer e acompanhar nosso trabalho, tanto no Influcast quanto em nossos projetos individuais.

3 ? Quando e por que decidiu fazer Jornalismo?

Desde pequena gostei de ler e escrever. Meus pais me tiveram ainda novos, então quando bebê meus avós me levavam até a Ufrgs para que minha mãe - que cursava Farmácia - pudesse me amamentar nos intervalos das aulas. Meu pai passou um bom tempo estudando para concurso e lembro bem de crescer vendo ele rodeado de livros. Acho que esta atmosfera contribuiu pra eu gostar de leitura e ser bastante curiosa. Ainda criança minha vontade era ser escritora. Depois, ao longo da adolescência, cultivei interesse por Artes Cênicas, Publicidade e finalmente Jornalismo. Nunca me arrependi dessa escolha. Levo os aprendizados da universidade pra vida. É o tipo de curso que o tempo todo instiga nosso pensamento crítico sobre os acontecimentos e a sociedade. Atualmente, com a desenvoltura da profissão e tendo meu próprio negócio, consigo fazer um pouco de tudo que eu sempre gostei. Escrevo bastante, atuo com estratégias de Comunicação para marcas em atividades que estão muito ligadas à Publicidade, e, de certa forma, atuo em diferentes papéis e libero minha veia criativa como nas artes cênicas, seja palestrando, entrevistando seja dando entrevista, fazendo uma live nas redes sociais, como consultora, etc... 

4 - Como começou a trabalhar com o Marketing de Influência?

Hoje entendo que desde o início da minha carreira com Assessoria de Imprensa atuo com o Marketing de Influência. A grande mudança se deu nos diferentes formatos em que essa influência e esses formadores de opinião passaram a atuar. Em 2015 comecei a me inteirar sobre o assunto, quando ainda não se chamava Marketing de Influência, mas a presença de blogueiros nos mailings de imprensa já crescia bastante. Foi em 2016 que me aprofundei nesse mercado, reformulei minha agência e passei a estudar mais sobre o tema e a me conectar com profissionais da área (principalmente de São Paulo, já que haviam poucos no Rio Grande do Sul). Um dos contatos com a empresa que já era referência na área, a YouPIX, rendeu naquele ano uma menção ao meu trabalho no YouPIX Builders 2016 - uma lista anual que reúne nomes considerados mais relevantes no país para o desenvolvimento da indústria de influência digital. Esse reconhecimento definitivamente marcou minha entrada no Marketing de Influência. Desde então, meus braços de atuação digital são os grandes diferenciais da empresa. Destaco o nosso Clube de Influenciadores - primeiro clube de assinatura para criadores de conteúdo digital; o serviço de Curadoria de Influenciadores para marcas e a Consultoria, que atende quem quer começar a empreender no ambiente digital.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Aprendi a estar sempre reavaliando e reajustando os planos e permanecer aberta às possibilidades que não estavam no planejamento inicial. Mas minha vontade atual é a de continuar contribuindo com o mercado de Comunicação Digital de maneira inovadora, e, para isso, me aprofundar cada vez mais sobre as tendências em Inteligência Artificial, tema que já estudo atualmente. Gostaria também de até lá ter lançado um livro ou mais, reunindo minha experiência no mercado regional de Marketing de Influência e minha jornada empreendedora na Comunicação. Percebo que o conteúdo que compartilho em consultorias e palestras poderia ser aproveitado por um número maior de pessoas dessa forma.