Cinco perguntas para Caio Klein

Profissional dirige o departamento de Radiodifusão e Audiovisual da Secom-RS

08/08/2023 11:00 / Atualizado em 08/08/2023 11:09
Cinco perguntas para Caio Klein /Crédito: Divulgação

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz? 

Sou uma pessoa que gosta de pessoas, que se realiza com as conquistas do time, da equipe, do todo, mas primando pela excelência; o desleixo, a mediocridade e a falta de ética não combinam comigo.

Nasci em Venâncio Aires, mas me criei em Lajeado, uma cidade linda e pujante. Tive a oportunidade de estudar fora, nos Estados Unidos, onde finalizei a High School e essa experiência foi fundamental na minha vida profissional.

Desde sempre gostei de eletrônica e me formei em Engenharia Elétrica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), com pós em Gestão Estratégica de Pessoas e Negócios,na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Nessa época fiz um estágio na Suécia, em uma empresa que fabricava equipamentos elétricos e eletrônicos.

2 - Por que optou pela área da Comunicação?

Mesmo antes de formado, tive contato com a antiga TV Gaúcha, por meio do meu tio e padrinho Lauro Muller, que era o dono da Rádio Independente de Lajeado, ou seja, cresci neste meio. Mais tarde ele, inclusive, dirigiu a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert). Era uma pessoa muito querida e respeitada em todo o meio de Comunicação gaúcho. Quando me formei, voltei a bater na porta da TV Gaúcha, isso em 1984, e, desde lá, o meu caminho foi a Comunicação. No início nas áreas técnicas e depois na gestão de equipes operacionais e de tecnologia, tanto em TV, quanto em rádio, mas sempre com o foco no resultado final, no produto entregue.

Durante estes anos tive o prazer de participar em diversas coberturas esportivas, como Copa do Mundo (Alemanha, África do Sul e Brasil), Olimpíadas (Pequim, Londres e Rio), Mundial de Clubes (Tóquio e Abu Dhabi), além de diversas outras coberturas jornalísticas.

3 - Desde 2019, você dirige o departamento de Radiodifusão e Audiovisual da Secom-RS, setor que engloba a TVE, veículo pelo qual você teve uma passagem como diretor técnico entre 1995 e 2004. Na sua visão, quais são os desafios que a gestão do canal proporciona hoje que não existiam há 28 anos?

De uma maneira simplificada e resumida, os desafios naquela época eram mais tecnológicos, foram anos focados na digitalização dos equipamentos e implementação do uso da internet, que motivou as mudanças nas rotinas das emissoras. Hoje em dia, o foco maior é na manutenção e no aumento da relevância das emissoras, na busca por maior qualidade nos programas produzidos, principalmente, pelo avanço da quantidade de canais disponíveis e também pelo uso das redes sociais, que compete com o tempo utilizado por todos na busca por entretenimento e informações.

4 - Você também é responsável pela FM Cultura, que, recentemente, lançou um edital de voluntariado. Qual é a importância dessa iniciativa?

Na FM Cultura, os desafios não são diferentes na questão da relevância da emissora, precisamos de uma programação atrativa e de qualidade. E o voluntariado é uma forma de trazer talentos que não temos para qualificar ainda mais a programação. E mais, temos buscado, não só na FM Cultura, mas também na TVE, parcerias com produtoras, eventos e detentores de direitos, transformando as emissoras em uma espécie de curadoria de programação, dando visibilidade ao que é produzido aqui no Rio Grande do Sul, sendo uma janela de exibição para muitos produtos e eventos, que não encontram essa possibilidade em outras emissoras.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Acredito muito ainda na Comunicação mais tradicional, pública ou privada, principalmente pela sua qualificação, penetração, veracidade e confiança nestes meios. Mas também no desenvolvimento dos novos meios de Comunicação. Neste sentido, com a experiência acumulada, o conhecimento técnico e a gestão de pessoas, entendo que posso contribuir muito neste meio, ou seja, me vejo ainda trabalhando em emissoras, seja onde for.