Cinco perguntas para Cris Moraes
Jornalista gaúcha, natural de Novo Hamburgo e com carreira consolidada em São Paulo, aposta no conteúdo com propósito

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou a Cris Moraes, jornalista, assessora de imprensa e fundadora da agência Cris Moraes Comunicação Inteligente. Tenho 46 anos (quase 47 no dia 11/06), mãe do Gabriel e do Fernando. Nasci em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, e trago com muito orgulho minha formação e minha cultura gaúcha para tudo o que faço. Sempre estudei em escola pública, me formei em Jornalismo pela Unisinos (2001), onde comecei minha trajetória na TV Unisinos. Depois passei pela Rádio Gaúcha e pela Revista Amanhã. Vim para São Paulo em 2003 com o sonho de trabalhar em televisão e acabei me encontrando na produção de conteúdo em agência de notícias e, mais tarde, na Comunicação Corporativa.
Trabalhei em muitas empresas, atuei em projetos apaixonantes, como o lançamento do 'Lollapalooza', 'Expo Money' e rede de hospitais. Já atendi todo tipo de segmento de clientes, mas amo o mercado de Negócios e de Saúde. Em 2012, fundei minha agência que acredita em conexões verdadeiras, relacionamento com imprensa e resultados com propósito. Valorizo cada cliente, cada história, e busco sempre entregar o melhor, com firmeza, consistência e criatividade. Acho que esse "estilo faca na bota", como dizem, vem das minhas raízes - e percebo que aqui em São Paulo ele é muito respeitado. Amo o que faço e sigo com o mesmo entusiasmo do início, com a certeza de que construir reputações é um trabalho de longo prazo, feito com muito cuidado.
2 - Durante sua trajetória universitária, o que mais te atraiu dentro do mercado da Comunicação?
Na universidade, o que mais me fascinou foi a potência da Comunicação em transformar realidades. Tive o privilégio de passar por diferentes experiências durante a graduação: da TV universitária à redação da Revista Amanhã, passando pela Rádio Gaúcha. Cada espaço me ensinou algo essencial sobre apuração, escuta, ritmo e responsabilidade.
O que me pegou de verdade foi o bastidor: entender o que faz uma pauta nascer, o olhar apurado do jornalista e o impacto que uma boa história pode gerar. Aos poucos, fui percebendo que meu lugar era o de ponte - entre marcas e imprensa, entre empresas e pessoas. E é essa escuta ativa, junto da visão estratégica e do respeito ao conteúdo, que carrego até hoje na minha atuação como assessora e empreendedora.
3 - Foi anunciada, recentemente, a renovação do 'POD Ser Pauta' para a sua oitava edição - um podcast do qual tu lideras. O que te motivou a iniciar esse projeto e o que te impulsiona a continuar investindo nele?
O 'POD Ser Pauta' nasceu de uma inquietação: eu sentia falta de espaços que valorizassem o jornalista, o assessor de imprensa e as boas histórias. Sempre gostei de conversar com quem está nos bastidores da notícia, e o podcast se tornou esse canal - um espaço de troca, de escuta e de inspiração.
Hoje, com quase três anos no ar, mais de 60 episódios e entrando na oitava temporada, posso dizer que o podcast é um dos projetos que mais me alegram. Ele me conecta com profissionais incríveis, abre diálogos profundos sobre o nosso mercado e, principalmente, me dá a chance de contribuir com a formação e valorização da nossa área. Em 2025, vamos novamente realizar um evento presencial do podcast, unindo a comunidade para falar sobre boas práticas e o futuro das Relações Públicas (PR) - um futuro que eu acredito, construo e quero ver florescer.
4 - Em sua visão, qual é a importância desta iniciativa para a nossa área?
O podcast é mais do que um projeto de conteúdo: ele é um espaço de reconhecimento e evolução profissional. Ele documenta transformações do mercado, traz visões diversas, atualiza quem está na ativa e inspira quem está começando. Em um tempo onde tudo é tão rápido, o 'POD Ser Pauta' convida à pausa e à escuta.
Acredito que iniciativas assim ajudam a tirar o PR do lugar comum, mostram que ele não se limita ao release ou à assessoria tradicional. É construção de reputação, é posicionamento, é presença - e é isso que buscamos mostrar a cada episódio. É também uma forma de manter viva a essência da comunicação humana, com troca, curiosidade e verdade.
5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Daqui a cinco anos, me imagino expandindo ainda mais a atuação da minha agência, com novos formatos de conteúdo, mentorias, eventos e produtos que fortaleçam a comunicação com propósito. Quero seguir inspirando pessoas, desenvolvendo profissionais e sendo referência no mercado de PR com olhar humano e estratégico.
Também pretendo manter viva a conexão com minhas raízes no Sul - tanto pessoal quanto profissionalmente. Sempre que posso, visito minha família e me alegra muito já ter clientes no RS. Esse vínculo é parte de quem eu sou. Quero manter viva essa ponte entre Novo Hamburgo e São Paulo, com a certeza de que minha essência está presente em cada projeto, em cada atendimento e em cada episódio do podcast.