Cinco perguntas para Daniela Lemes

Jornalista de Rio Pardo está à frente do Pulo do Gato, da rádio Bandeirantes, desde agosto

Daniela Lemes - Reprodução

  1. Quem é você, de onde vem e o que faz?

É tão difícil falar da gente mesmo... Posso pedir para minha mãe responder essa? Sou a Dani. Inquieta, curiosa, ansiosa, nervosa, não consigo ficar parada e acomodada. Muito crítica comigo mesma e, ao mesmo tempo, gosto de brincar, dar boas risadas e fazer piada até com os problemas. Meu apelido na Band é 220, não entendi (risos).

Sou formada na profissão que tenho total paixão, desde janeiro de 2016, pela Universidade de Santa Cruz do Sul. Venho de Rio Pardo, cidade abraçada por dois rios. Hoje, atuo como repórter e apresentadora das rádios do Grupo Bandeirantes no Estado. Já passei pela Unisc T, em Santa Cruz, como estagiária, depois fui "para casa" e escrevi uma página linda da minha história, sendo a voz da minha terra, por meio do microfone da rádio Rio Pardo, da Gazeta Grupo de Comunicações por quatro anos.

  1. Como o Jornalismo entrou na sua vida?

Não tinha um sonho de menina. Quando era criança queria ser veterinária, porque adorava dar remédio para os gatos que a gente tinha lá em casa. Acho que a Comunicação foi me escolhendo... lembro que imitava, aos 10 anos, as profissionais do tempo. No ensino médio, queria ser fotógrafa, porque tinha uma máquina digital. No vestibular, em 2009, prestei para esse curso e, em segunda opção, Jornalismo. E aí deu tudo errado ou tudo certo. Entrei na lista de chamada, porque zerei física, e me matriculei na área secundária.

Fomos nos conhecendo e nos apaixonando. Senti frio na barriga nas aulas, mas sonhando e me imaginando na profissão. Apesar de eu ter um defeito de nunca achar que sou boa no que estou fazendo, pensei mil vezes em desistir porque meus textos voltavam sempre rabiscados.  Com o passar do tempo, fui me descobrindo e vendo que poderia gostar mais de um meio do que outro. Me descobri no rádio - e a TV também me atrai - e comecei a me dedicar mesmo fora da faculdade. Sempre absorvi muito esse meio, ouvindo um pouco de cada. Hoje, ouço as rádios da Capital, e ao mesmo tempo, as do Interior.

  1. O que significa para você estar na apresentação do 'Pulo do Gato'?

Surreal. Nem nos meus melhores sonhos imaginava estar há sete meses em uma grande empresa e apresentar um programa em horário nobre. Às vezes, penso: É verdade, mesmo? Sempre comento com os amigos, que, aos 25 anos, vinda de uma cidade de 40 mil habitantes, recém-formada, sem conhecer Porto Alegre nem ninguém aqui, sou eu sentada em um estúdio, de uma rádio de tamanha potência, falando para pessoas dos quatro cantos do Estado. Repito, é surreal.

  1. Na sua opinião, qual é o maior desafio dos profissionais de rádio atualmente?

Passar confiança para o ouvinte. Ele não está me vendo, ele nem sabe quem sou. Então, através das minhas palavras, ele precisa acreditar que sou de credibilidade. Além de achar que nossa categoria é pouco valorizada, tanto de jornalista quanto de radialista, mas isso é o Brasil num todo. Precisamos batalhar muito pelo lugar ao sol.

O Jornalismo é uma das profissões que a gente sai da faculdade sem garantia nenhuma. A nossa categoria tem muitos desempregados. É triste. Infelizmente, ainda é o meter a cara e ver depois o que vai dar. Foi o que fiz, largar tudo e tentar de novo. Se cheguei até aqui, alguém viu algo de bom em mim.

  1. Quais são os seus planos para os próximos cinco anos?

Pergunta forte... Minha vida mudou há oito meses em poucos dias. Em uma semana, fui chamada e estava com tudo novo. Cinco anos é muito, contando que a vida pode mudar em dias. Apesar disso, estou amadurecendo a ideia de fazer mestrado. Óbvio que quero estar, cada vez mais, melhor na profissão e com uma carreira linda sendo construída.

Vou estar com 30 anos e vem aqueles desejos pessoais também. Sou menina de Interior e prezo muito pela família, por uma vida tranquila e confortável. Mas tudo que vier, sem dúvidas, é lucro. Lutar, eu estou lutando. Daqui a cinco anos, tenho certeza que estarei ainda mais feliz, pois estou buscando por isso.

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