Cinco perguntas para Eduardo Deconto
Jornalista deixou o Estado para trabalhar no portal Superesportes em São Paulo

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Sou Eduardo Deconto, tenho 29 anos, jornalista formado na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em 2015. São oito anos desde que me formei, mas trabalho com o Jornalista há 10 anos. Entrei no Grupo RBS em 2013, como estagiário dos portais G1 e Globo Esporte, fui assistente de Conteúdo e repórter. Então, tudo o que eu sou profissionalmente, tudo o que construí, devo ao Grupo RBS. Hoje, sou setorista do time do São Paulo aqui no Superesportes.
2 - Por que escolheu o Jornalismo?
Minha mãe conta que, desde muito pequeno, eu brincava com a maleta do meu pai, de trabalho, e dizia que era jornalista. Eu não lembro, claro, era muito novo, mas o momento que me recordo de quando vi que era isso que eu queria para a vida foi quando tinha 12 anos e amava futebol e queria algo que me ligasse ao esporte. E então, o meu pai me levou para assistir um jogo na Argentina, que foi uma baita experiência, que me marcou muito. Ali eu vi o pessoal da imprensa brasileira trabalhando, observei que estavam todos perto do campo, e me dei conta que era isso que eu queria para a vida.
3 - Recentemente, você se tornou repórter da Superesportes MG em São Paulo. Como está sendo essa mudança?
Tem sido uma experiência muito legal e diferente na minha carreira. Eu trabalhava na RBS TV, que era líder de audiência no Rio Grande do Sul, e no site do Globo Esporte, que era o principal em nível nacional, mas no Superesportes é um desafio completamente diferente. Isso porque o portal é consolidado e muito acessado em Minas Gerais, mas não nacionalmente. Então, estamos nesse projeto de nacionalizar o website. É um trabalho que vem sendo feito diariamente, de entender o que o público quer consumir, o que vamos entregar.
E está sendo muito legal, principalmente para mim, que saí de Porto Alegre, vim para São Paulo, uma cidade nova e um clube novo que estou a conhecer e a entender como as coisas funcionam. Sigo produzindo futebol, fazendo apuração com fontes novas - apanhando um pouco no começo, porque é assim, você precisa criar uma relação e é complicado. E tudo isso em um 'DDD diferente', pesa muito. Mas, o mais bacana é que a nossa equipe é muito unida e competente, o que torna a adaptação mais fácil.
4 - No novo trabalho você atua como setorista, como fazia em Porto Alegre com o Internacional. Como a experiência aqui no Estado o ajuda para esse novo desafio?
Eu digo, ao brincar com amigos, que é como voltar às origens, porque eu comecei a minha carreira como jornalista, de fato, como setorista do Inter e agora retorno a fazer setor. É diferente de quando fui do site para a TV, que precisei aprender uma nova linguagem, formato e produto. Eu chego no Superesportes já sabendo como fazer isso, sabendo o que é pauta e o que não é. Essa bagagem me ajuda muito a fazer as coisas com agilidade, sem tanto sofrimento e sem precisar pensar muito, já que é algo natural para mim.
E tem outro ponto, que é preservar as fontes, que eu tinha quando falava de Grêmio e de Internacional, e que não necessariamente eram do clube, e hoje elas me auxiliam. Quando comecei como repórter teve muita gente que me ajudou, mas ninguém me conhecia. Agora, em São Paulo, também tem muita gente que não sabe quem eu sou, porque vim do Sul, mas dentro do futebol tem bastante pessoas que já sabem quem eu sou.
5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Essa é uma pergunta que nunca sei como responder, porque eu não sou uma pessoa de fazer planos para daqui a 'x' anos eu estar em algum lugar ou daqui a 'x' meses eu ter conseguido algo. Mas, hoje, eu gostaria de estar morando fora do Brasil, é um plano que tenho, mas sem um prazo definido, é uma ideia.
Na minha carreira, nunca fui de fazer planos e as coisas acabaram por acontecer desde o meu começo profissional. Pego de exemplo dois momentos mais recentes, quando em 2020 eu era apenas setorista do Inter e não passava pela minha cabeça me tornar repórter de televisão. E, seis meses depois, isso aconteceu. E também nunca pensei em sair do Rio Grande do Sul para trabalhar, não era uma ambição. Sou um cara que gosto de estar onde estou. Acabei por me dar conta que já tinha feito isso quando fui para a TV e fiz agora de novo. Então não são coisas que eu planejei.