Cinco perguntas para Leonardo Oliveira

Jornalista agora soma ao time de colunistas do Grupo RBS, além de ser o novo integrante do Sala de Redação

Leonardo Oliveira - Arquivo pessoal

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou um famequiano da turma de 1991, que tinha entre os alunos o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Jr. Nasci aqui mesmo na Capital, sendo o terceiro de quatro filhos de um motorista de ônibus e de uma escriturária da extinta companhia telefônica CRT. Me criei jogando bola nas calçadas da Vila João Pessoa, vizinha à PUC. Hoje, aos 46 anos, casado com a Nádia, pai de dois filhos (o Tiago, cinco anos, e a Maria Rita, de um ano e meio), me divido entre a desafiadora rotina de ser jornalista, marido e pai ao mesmo tempo. O que, acredito, pelo menos, esteja conseguindo em bons termos. 

2 - Como e por que escolheu ser jornalista?

A opção pelo Jornalismo vem justamente da paixão pelo futebol. Aprendi a ler consumindo as notícias de ZH, no tempo em que a contracapa era a capa de Esportes. Por isso, até hoje, tenho o hábito de ler o jornal de trás para a frente, como acredito que façam quase todos os leitores de esporte da minha geração. Não tenho jornalistas na família, mas em minha casa sempre consumimos muito os noticiários, principalmente na TV e no jornal. Havia sempre um jornal para ser lá em casa, que passava de mão em mão. O horário do Jornal Nacional era sagrado. Uni esse interesse familiar de se manter inteirado do que acontecia no mundo à paixão pelo futebol. Na hora de escolher o curso que faria o Jornalismo acabou sendo natural.

3 - Como avalia esse novo momento profissional, com o ingresso no Sala de Redação e participação em novos produtos do Grupo RBS?

Acredito que seja a realização de um projeto iniciado lá em agosto de 1991, quando entrei na Zero Hora como auxiliar de redação, um nome pomposo para office-boy interno. Me preparei, li muito, me especializei e procurei extrair o máximo de aprendizado em todas as funções que exerci, desde repórter setorista até editor de esportes - cargo que ocupei por dois anos no Diário Gaúcho. Entrar no Sala de Redação e assumir a coluna Bola Dividida, da qual sempre fui leitor, é garantir assento em uma selecionada galeria de jornalistas esportivos. Grandes nomes ocuparam esses espaços e poder seguir a trilha deles representa, para mim, uma conquista gigantesca.

4 - O que significa ter se tornado um colunista? Quais os principais desafios?

A opinião entrou em minha rotina de trabalho de forma paulatina, primeiro com espaço no site de Zero Hora e depois com a página na transição para GaúchaZH. No rádio, fui da primeira equipe do Sala de Domingo, e a participação nesse programa vai te dando segurança e estofo para opinar. Assumir a Bola Dividida representa um desafio pelo padrão de qualidade elevado que ela exige. Paulo Burd, Mário Marcos de Souza e Luiz Zini Pires deram para essa seção uma identidade própria, que preciso manter. É informação com pitada de opinião, que precisa ser muito embasada e precisa.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Meus planos para hoje, amanhã e sempre é seguir atualizado, conectado e, principalmente, bem informado. Acredito que esse seja um diferencial que pode me consolidar como um profissional de opinião. Acredito que a opinião tenha de estar embasada por informação e traga, além do questionamento ao leitor/ouvinte/internauta, algo que ele agregue ao seu conhecimento.

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