Cinco perguntas para Suzy Scarton
Apaixonada por leitura, jornalista da Critério chegou a cursar um ano de Direito
1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?
Eu me chamo Suzy, sou natural de Porto Alegre e tenho 32 anos. Nasci em Porto Alegre, mas me criei em Bento Gonçalves, cidade na qual minha família ainda reside. Vim para Porto Alegre para estudar e acabei criando laços sociais e profissionais. Sou formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e em Letras (bacharelado) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), mas, como o Jornalismo é um vício, acabei focando mais nisso. Depois, fiz especializações em Comunicação Política e Marketing Eleitoral e em Marketing e Mídias Digitais para acompanhar a evolução do Jornalismo e o gosto pessoal pela política.
2- O que lhe atraiu na escolha do Jornalismo como profissão?
Ao contrário de muitos colegas que já nasceram com o bloquinho e a caneta na mão, o Jornalismo não foi minha primeira escolha. Meu primeiro vestibular foi para Direito e cheguei a cursar um ano na PUCRS. Já no começo, não me identificava muito com o que estava vendo lá, e acabei saindo para fazer mais um ano de cursinho e pensar melhor na minha escolha. Foi um processo difícil porque, na época, isso não era tão comum como hoje. O Jornalismo acabou surgindo nesse período de reflexão como algo até meio óbvio diante da minha paixão pela leitura e pela escrita. Ler é basicamente o que eu mais gosto de fazer. Também me agradava a ideia de saber um pouco de muita coisa, sabe? Então, acabei fazendo Letras e Jornalismo ao mesmo tempo, um pela manhã e o outro à noite. Quando comecei a estagiar no Jornalismo, tranquei a Letras e retomei após a formatura, em 2014, até me formar, por fim, também na Letras, em 2017. Mas, aí, já estava muito imersa no Jornalismo, muito envolvida na profissão, e a Letras acabou ficando de lado.
3- Você está há alguns meses na Critério. Como avalia esse período?
Foram três meses que já parecem muito mais tempo. Eu me sinto em casa desde que cheguei, mesmo com aquele frio na barriga característico de quando vislumbramos novos caminhos. Encontrei muitos rostos conhecidos e fui muito bem recepcionada por quem ainda não conhecia. É um time muito qualificado e é possível aprender praticamente todos os dias, trocando experiências e ideias com cada um dos consultores e com os sócios, que estão sempre por perto, nos apoiando e nos auxiliando. E, claro, tem sido uma oportunidade incrível de aprender outros aspectos da assessoria de imprensa, de gestão de crise e de construção de reputação.
4- Como a experiência de atuar três anos e meio no governo do Estado tem contribuído para este trabalho? Quais são as principais diferenças e semelhanças na atuação em serviço público ou privado?
A experiência no governo do Estado foi incrível, desafiadora, intensa. É difícil resumir em um parágrafo. Cresci muito como jornalista e como pessoa, aprendi muito sobre resiliência, tive contato com pessoas incríveis, fiz amizades que certamente levarei para a vida toda. Embora o dia a dia tenha algumas diferenças, tento levar o desafio no serviço privado com a mesma dedicação e empenho que apliquei ao serviço público. Cada um tem particularidades e até mesmo dificuldades específicas. Acredito que a experiência no governo me trouxe uma agilidade e um senso de comprometimento que dificilmente conseguirei deixar de lado em outras experiências.
5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?
Eu me considero uma pessoa bastante maleável e adaptável aos ambientes e desafios em que me encontro. As experiências profissionais que tive até hoje não foram exatamente fruto de um planejamento. Foram oportunidades que apareceram e que fiz questão de agarrar, aproveitando para aprender e desenvolver novas habilidades. Gosto de pensar que, nos próximos cinco anos, terei a dedicação e a sabedoria de quem já está há mais de 10 anos na profissão, mas a curiosidade e o brilho no olho de um foca, essenciais para um bom jornalista.