Combate à desinformação é destaque em debate presencial no 'Alright Summit'

Evento, que acontece direto do Sesi Lab, em Brasília, conta com a apresentação da jornalista Marlise Brenol

'Jornalismo, Desinformação e seus Efeitos na Periferia' foi o tema central do encontro - Crédito: Coletiva.net

Nesta quarta-feira, 21, após o discurso da ministra Cármen Lúcia abrir a tarde do 'Alright Summit', que acontece direto do Sesi Lab, em Brasília, foi realizado o primeiro painel presencial do dia. Por meio do tema 'Jornalismo, Desinformação e seus Efeitos na Periferia', o evento contou com a apresentação da jornalista Marlise Brenol. Para debater sobre o assunto, foram convidados os seguintes profissionais: Ana Regina Rêgo, coordenadora-geral da Rede Nacional de Combate à Desinformação; Daniel Nardin, CEO da Amazônia Vox; e Marcelle Chagas, pesquisadora do Observatório de Gênero, Raça e Territorialidade pela Diversidade na Comunicação. 

Katia Brembatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) ficou responsável por mediar o debate. Em sua explanação, ela agradeceu o convite da Alright, sobretudo porque está à frente do tema junto à entidade. "Esta é uma prioridade da Abraji, por meio do projeto 'Comprova', que está junto na luta do combate à desinformação", colocou, inicialmente. 

No que se refere ao tema do encontro, a jornalista Ana Regina realizou uma apresentação sobre a Rede Nacional de Combate a Desinformação, como uma quebra de paradigmas que reúne parceiros de diversos setores para enfrentar o tema. "Nós trabalhamos forte, por meio da pesquisa. O que observamos é que no Brasil, as pessoas evitam as notícias, sendo, em 2022, apenas 54%. Outra coisa que nos preocupa é que os portais não entregam conteúdos jornalísticos", resumiu a profissional. 

Já a jornalista e pesquisadora Marcelle contou sobre a cultura da desinformação no Brasil. De acordo com ela, em seus estudos, são observados as pessoas que estão conectadas a informações e influenciadas pela falta de credibilidade na imprensa. "Esses indivíduos são impactados pela falta de estrutura de internet e, por isso, não tem a possibilidade de checagem. Ainda, existe a disseminação de notícias compartilhadas por "líderes", que não apresentam credibilidade, mas, que conseguem direcionar notícias para a população", disse. 

Daniel Nardin, por sua vez, trouxe como provocação algumas notícias sobre a Amazônia e a falta de informação correta que a população tem sobre o local. Para ele, muitos indivíduos não sabem explicar o que o território representa para o Brasil, mas, conseguem, de maneira negativa, comentar sobre acontecimentos que escutam em mídias alternativas, ou seja, que não apresentam credibilidade. "Nosso objetivo é reforçar o protagonismo local, por meio da plataforma digital 'Amazônia Vox', que oferece fontes, banco de informações e ferramentas para que os jornalistas possam se informar sobre o local, de maneira correta", explicou.


Coletiva.net está em Brasília para cobrir o Alright Summit, promovido pela Alright. O evento, realizado em 21 de agosto de 2024, conta com oito painéis sobre os desafios enfrentados por veículos jornalísticos locais e estratégias para o fortalecimento deles frente a regiões consideradas "desertos de notícias". O público pode conferir matérias e entrevistas exclusivas sobre o evento no portal, repercutidas nas redes sociais - Facebook e Instagram -, além de drops em Coletiva.rádio.

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