Da RBS ao digital: Marcos Dvoskin reflete sobre desafios e oportunidades no Jornalismo
Profissional, em conversa com a Nova Coonline, analisa a evolução da mídia e destaca o papel da inovação no setor

O empresário e jornalista Marcos Dvoskin participou, recentemente, de uma conversa com a Nova Coonline, grupo de jornalistas veteranos gaúchos, catarinenses e paranaenses. Na ocasião, ele compartilhou histórias de sua carreira e discutiu os desafios enfrentados pela mídia brasileira no cenário atual. O encontro, publicado no Youtube, abordou temas como a transição do Jornalismo impresso para o digital, a aplicação da inteligência artificial (IA) no setor e as estratégias para garantir a sustentabilidade financeira das empresas de mídia.
Neste episódio, como de costume, o comunicador José Antonio Vieira da Cunha conduziu a reunião via Zoom. Junto com ele, estavam os seguintes profissionais: Elaine Lerner, Eugênio Bortolon, Flávio Dutra, José Cruz e Márcio Pinheiro.
Com mais de duas décadas de experiência no Grupo RBS, Dvoskin foi responsável por fortalecer operações de jornais de grande relevância no Rio Grande do Sul. Sua trajetória o levou a assumir posições de destaque na Editora Globo, onde liderou transformações significativas em publicações como a Revista Época.
Era digital e declínio da mídia impressa
Marcos, ao longo do bate-papo, traçou um panorama geral sobre a evolução da mídia, destacando o declínio dos investimentos publicitários em revistas, que hoje representam menos de 1,5% do total do mercado. Ele citou exemplos de publicações internacionais, como o New York Times, que souberam integrar a inovação tecnológica, emergente dos anos 2000, sem abrir mão da qualidade editorial.
"Manter o foco no conteúdo relevante é a chave para se destacar em um mercado tão competitivo e em constante mudança", afirmou. Para Dvoskin, a reinvenção é um processo necessário e contínuo, mas deve ser pautada pela ética e pela credibilidade.
Inteligência Artificial como aliada
Outro ponto alto da discussão foi a aplicação de tecnologias carregadas por IA no Jornalismo. Para Marcos, essas ferramentas podem contribuir na automação de tarefas e na análise de grandes volumes de dados, mas jamais substituirão o olhar crítico e o julgamento humano.
"A inteligência artificial é uma aliada, não uma substituta. Ela pode ajudar a tornar os processos mais ágeis e até sugerir pautas, mas a essência do jornalismo está no trabalho humano", defendeu.
Reflexões sobre o futuro da mídia
Apesar dos desafios, Dvoskin demonstrou otimismo em relação às oportunidades no setor. Ele acredita que a combinação de Inovação, investimentos estratégicos e uma base sólida de profissionais capacitados pode levar a mídia, tanto brasileira quanto internacional, a um novo patamar de relevância e impacto social.
"O futuro do jornalismo depende de nossa capacidade de adaptação e de nosso compromisso com a informação de qualidade. Em tempos de desinformação, o papel das empresas de mídia nunca foi tão crucial", concluiu.
Confira o bate-papo na íntegra: