Em 2022, total de jornalistas mortos no mundo é metade de todo o ano passado

México foi o país com mais crimes contra a imprensa este ano, ficando na frente Ucrânia, que está em guerra

Homenagem aos jornalistas mortos no México no mês de fevereiro - Reprodução / Twitter

O primeiro trimestre deste ano fecha com uma conta preocupante de mortes de jornalistas no mundo: 28, o que representa a metade das fatalidades registradas em todo o ano de 2021. A guerra da Ucrânia custou a vida de cinco profissionais, mas o México foi palco de mais assassinatos do que o país invadido pela Rússia: oito, em um agravamento da situação verificada no ano passado, quando cinco perderam a vida em crimes relacionados ao trabalho. 

Com crimes no México, Brasil, Haiti, Honduras e o mais recente na semana passada na Guatemala, a América Latina assumiu a liderança em ataques fatais a profissionais de imprensa em 2022, somando 14 vítimas - a metade do total registrado no mundo no trimestre. O caso mais recente foi o do guatemalteco Orlando Villanueva, proprietário e repórter do 'Noticias del Puerto', um site e página do Facebook que informa sobre a política local em Puerto Barrios, que morreu baleado quando estava em um complexo esportivo na cidade. 

55 mortes de jornalistas em 2021

No ano passado, 55 profissionais de mídia e jornalistas morreram em atentados relacionados ao exercício da profissão, sendo 14 da América Latina, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). 

Além de México e da Ucrânia, 12 países contabilizam assassinatos de jornalistas neste primeiro trimestre: no Haiti foram três mortes e uma em cada um dos países: no Brasil, no Cazaquistão, em Chade, na Guatemala, em Honduras, no Iêmen, na Índia, no Irã, em Mianmar e no Paquistão. 

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