Em exclusiva, Laura Rocha informa balanço de 2024 do Sindjors

Presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul disse que uma das principais dificuldades foi o enfrentamento das notícias falsas

Para este ano de 2025, Laura frisa que se espera uma grande expectativa, por ser um ano de eleições no Sindjors - Crédito: Arquivo pessoal

A fim de entender mais sobre os destaques e desafios de 2024 do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (Sidjors), a reportagem de Coletiva.net conversou com a presidente da entidade, Laura Santos Rocha. Segundo a jornalista, um dos principais problemas foi o enfrentamento das notícias falsas, "que prejudicam sensivelmente o trabalho dos jornalistas, em meio à crise climática de maio." Também, durante as enchentes, o prédio da entidade, que fica localizado no Centro Histórico de Porto Alegre, teve seus três elevadores danificados, o que impedia a entrada no local de trabalho e acesso à sede, no 13º andar. 

Apesar disso, mesmo com dificuldades financeiras, "abrimos mão de arrecadar dinheiro para salvar de forma efetiva o Sindjors, além da ação 'Jornalista Salva Jornalista'". A campanha foi divulgada em diversos canais de Comunicação. Com isso, contou com 113 doadores e uma arrecadação de R$ 16.570, valores que foram integralmente compartilhados com 16 jornalistas que perderam bens na enchente. "Percebemos a união de pessoas da categoria e da sociedade civil que, até do exterior, auxiliaram quem estava desesperado", frisou Laura. 

Conquistas do ano

O 2024 se iniciou com uma edição especial do jornal on-line 'Versão de Jornalistas', que tratou sobre a campanha 'Janeiro Branco de 2024'. O conteúdo teve o objetivo de tratar sobre a saúde mental a fim de auxiliar os os colegas de profissão. "Intensificamos as pautas por saúde, especialmente a mental, qualidade de vida e as pautas das jornalistas mulheres", destacou a presidente. 

Ainda, teve a 'Marcha do 8M', uma caminhada que cobrou respeito e justiça para todas as mulheres e marcou os seis anos da morte da vereadora Marielle Franco. "Também, no ano passado, levamos nossas pautas aos ministros das Comunicações, Paulo Pimenta, jornalista gaúcho, sindicalizado, e ao do Trabalho, Luiz Marinho. Reforçamos preocupações com relação ao futuro da profissão e demandas como a da PEC do Diploma, da Comunicação pública e de maior rigor no fornecimento dos registros fornecidos a jornalistas não diplomados."

Metas de faturamento

Ainda de acordo com Laura, o Sindicato enfrentou problemas financeiros em 2024, por isso, não conseguiu atingir as metas. "Muitas vezes, recebemos reclamações pela demora para retornar com as inúmeras demandas solicitadas de diferentes pontos do Estado. Porém, quem faz esse tipo de crítica esquece que, para poder manter uma entidade de classe que tenha como responder de forma ágil para sua categoria, é necessário, antes de mais nada, garantir uma receita mensal para pagar as despesas básicas mínimas para a manutenção do espaço físico", explicou. 

Para este ano de 2025, Laura frisa que se espera uma grande expectativa, por ser um ano de eleições no Sindjors. Também está previsto que seja possível uma atuação com mais recursos, "mas que depende da participação e conscientização da categoria, que, ao se filiar, participar e não recusar a cota de solidariedade, ajuda a viabilizar todo o trabalho e ampliar o seu poder de fogo para encarar as lutas, que não são poucas". 

A presidente considera, também, que as perspectivas para 2025 são boas, já que estará encerrando o pagamento de duas grandes dívidas. "Dessa forma, conseguiremos ter uma receita maior para poder contratar mais pessoas e ter um atendimento mais ágil para as e os jornalistas", finalizou.

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