Livro procura iluminar a relação entre o escritor Dyonelio Machado e a imprensa

Evento de lançamento ocorrerá amanhã, 18, no Delfos - Espaço de Documentação e Memória Cultural da PUCRS

Capa do livro que aborda a relação de Dyonelio Machado com o Jornalismo. - Crédito: Divulgação

O jornalista José Weis lançará amanhã, 18, às 19h, no Delfos - Espaço de Documentação e Memória Cultural da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o livro 'Dyonelio Machado - O alienista do Cati com tinta de jornal nos dedos' pela Carta Editora. A publicação se dedica a investigar de que maneira os jornais impressos e o exercício do Jornalismo influenciaram a produção literária do autor gaúcho. O evento ocorrerá no salão de atos do ambiente e incluirá uma roda de conversa com pesquisadores convidados e sessão de autógrafos. A obra é resultado de três anos e meio de pesquisa em acervos históricos, bibliotecas e entrevistas com estudiosos.

O livro-reportagem organiza materiais raros, textos de época e análises que buscam compreender a presença da imprensa na trajetória de Dyonelio. Por meio deste levantamento, José reconstrói episódios que marcaram a vida do romancista, como a produção de clássicos, períodos de cárcere, perseguições políticas e o ativismo que caracterizou sua atuação pública. No prefácio, o professor de Literatura Luís Augusto Fischer destaca que a obra apresenta novos elementos que tornam mais nítida a experiência subjetiva e objetiva do escritor. "Dyonelio e sua obra saem mais nítidos desse trabalho", afirma.

A pesquisa também revisita o acervo do autor disponível no Delfos, que reúne objetos pessoais, manuscritos, correspondências e fotografias. A partir desse conjunto documental, o comunicador examina as relações entre a escrita literária e o cotidiano dos jornais, campo no qual Dyonelio atuou de forma contínua ao longo da vida. O autor ressalta ainda que o subtítulo da obra faz referência à formação médica do escritor, à ligação com o livro dele 'O louco do Cati' e ao universo da cultura impressa, que marcou sua trajetória desde a juventude.

O lançamento assinala os 130 anos de nascimento e os 40 de morte de Dyonelio Machado, datas que reacendem o debate sobre sua presença na literatura brasileira. Pesquisadores como Jonas Dornelles e Camilo Mattar Raabe, citados no livro, vêm aplicando o trabalho de resgate da produção dyoneliana, iniciativa que também envolve o Delfos da PUCRS. "Desde muito jovem até o fim na vida, Dyonelio sempre recorreu aos jornais para difundir suas ideias políticas e literárias - era de onde ele tirava a matéria-prima da sua literatura", finaliza José.

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