Meta desativa plataforma que monitorava fake news em redes sociais
Big tech alega que ferramenta não fornece um retrato representativo do que circula pelas mídias da empresa

A Meta desativou o 'CrowdTangle', uma ferramenta que era usada por pesquisadores e jornalistas para monitorar desinformação e fake news em redes sociais, como Facebook e Instagram. A big tech alega que a plataforma não fornecia um retrato representativo do que circula pelas mídias da empresa.
Parlamentares dos Estados Unidos, por sua vez, solicitaram que o 'CrowdTangle' fosse mantido no ar até as eleições presidenciais, marcadas para novembro. Mesmo assim, a organização global seguiu com a intenção de desativar a plataforma.
No lugar do 'CrowdTangle', a Meta oferece a Biblioteca de Conteúdo. Além do acesso a ela ser mais limitado, especialistas da Comunicação como, por exemplo, editores de portais de notícias, apontam, em portagens nas redes sociais, que o serviço oferecido pela biblioteca é menos transparente e mais limitado, em comparação com o antigo.
Veja as diferenças:
A Meta afirma que a Biblioteca de Conteúdo (tradução livre) oferece insights detalhados sobre o que as pessoas realmente veem no Facebook e no Instagram. Um porta-voz da Meta disse que as novas ferramentas oferecem uma experiência de coleta de dados mais abrangente.
O diretor do Instituto de Transparência Algorítmica, Cameron Hickey, disse que a biblioteca tem "apenas 10% da usabilidade do CrowdTangle". Hickey conta, ainda. A nova plataforma da Meta oferece alguns dos dados oferecidos pelo' CrowdTangle', mas, em última análise, é apenas 1% dos recursos".
Além disso, o diretor do instituto dá um exemplo: "se você quisesse olhar para o número de seguidores que a página do Facebook da CNN teve ao longo do tempo, isso é algo que você não pode fazer na Biblioteca de Conteúdo da Meta, mas podia fazer no CrowdTangle", disse, em entrevista para o portal TechTudo.