Morreu na noite de ontem, 20, o jornalista gaúcho José Roberto Garcez. Informações apuradas pela reportagem de Coletiva.net dão conta de que a causa da morte ocorreu por infarto fulminante. O comunicador morava em São Paulo e deixou duas filhas, Elisa Garcez e Marília Garcez, além de duas netas. A família ainda não divulgou local e horário da cerimônia do sepultamento.
Nas redes sociais, alguns profissionais prestaram homenagens. Adriano Goetz, coordenador de Engenharia da EBC, escreveu um texto em que relata a sua experiência profissional ao lado do comunicador. "Garcez me confiou o cargo de gerente, deu-me autonomia para montar uma equipe, deu tudo que precisávamos para montar o laboratório e as duas equipes volantes. Como gestor, Garcez ouviu atentamente tudo que pode lhe transmitir de subsídios sobre a obtenção de outorgas de canais, escolha de locais de instalação, negociação com parceiros, aferição de resultados."
O jornalista Jorge Correa também deixou sua lembrança: "Tristeza neste final de noite. O jornalista e querido de luta José Roberto Garcez partiu. Deixa grandes lembranças e um baita legado nos campos do jornalismo e da militância política. Sentimentos para os familiares e amigos que conquistou ao longo de uma vida profícua. Luz, meu amigo!"
O também jornalista Ricardo Pauletti escreveu: "Caiu um raio e levou o Garcez. Companheiro de TV pública e boa gente, o gaúcho. Espero que a família encontre serenidade na sua falta", registrou um trecho. Outro destaque fica para o jornalista e escritor Rodrigo Savazoni, que pontuou em uma lembrança: "Garcez foi meu chefe, quando diretor de Jornalismo da Radiobras. Dali em diante, tornou-se um bom amigo. Estou aqui processando a notícia de sua partida, com o coração apertado por não ter estado mais perto nos últimos anos. Viva Garcez! Gaúcho, colorado, jornalista, petista, socialista, defensor da Comunicação Pública, meu companheiro. Descanse em paz."
Sobre Garcez
O jornalista José Roberto Garcez teve, na sua trajetória, uma longa experiência em Comunicação Pública e de atuações em mídias impressa e eletrônica. Além disso, participou de processos de planejamentos estratégicos de Comunicação e coordenou a implantação de redações multimídia. Após atuar como repórter, redator e editor em empresas privadas de Comunicação, entre 1974 e 1993, passou a trabalhar na área governamental.
Como gestor, destacam-se as experiências como presidente da Fundação Cultural Piratini - Rádio e Televisão, do governo do Rio Grande do Sul (TVE), de 1999 a 2002, e da Empresa Brasileira de Radiodifusão (Radiobras), de 2003 a 2008. Como executivo desta última, participou do Grupo de Trabalho que formulou o projeto de criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), de 2008 a 2016.
Também foi secretário de Comunicação da prefeitura de Porto Alegre, coordenou projetos de reformulação de processos de produção: comunicação integrada na Prefeitura de Porto Alegre e digitalização da TVE. Ainda, atuou como diretor da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul (SindJors).