Nesta quinta-feira, 13, morreu aos 94 anos, o jornalista e historiador gaúcho Sérgio da Costa Franco. Ele, que é considerado um dos maiores pesquisadores das histórias de Porto Alegre e do Estado, estava internado no Hospital Moinhos de Ventos há duas semanas. Durante o período, ele tratava uma trombose e após contrair Covid-19, morreu por insuficiência cardíaca. Ele teve cinco filhos, com a esposa Ignez Maria Casella da Costa Franco, que passou mais de seis décadas ao seu lado.

Filho de um casal fluminense, ele nasceu em Jaguarão, em 1928. Os pais vieram ao Rio Grande do Sul após o pai, Álvaro da Costa Franco, receber uma oportunidade para trabalhar como juiz na fronteira do Estado. Mudou-se com os sete irmãos e a mãe para Porto Alegre, após a morte de Álvaro em 1935. Foi a vivência na capital que despertou nele a vontade de ser historiador.

Em 1948, formou-se no curso de História e Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Anos mais tarde, em 1954, concluiu a graduação em Direito na mesma instituição de ensino. Pouco tempo depois fez carreira na magistratura, sendo promotor e procurador da Justiça em várias cidades do interior gaúcho, até 1977, quando aposentou-se do juizado.

Começou a profissão de jornalista em 1949, sendo chefe de Comunicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 1952. De 1978 a 1983 comandou os editoriais do jornal Correio do Povo. Também destacou-se como colunista em diversas outras publicações gaúchas. Costa Franco lançou quase 30 livros, em sua maioria biografias e obras sobre Porto Alegre, como um guia histórico da cidade. A última publicação foi em 2020, pouco antes da pandemia, quando lançou 'Em Cena os Presidentes - De Deodoro a Bolsonaro', escrito que traz pequenas biografias de todos os chefes do Executivo brasileiro.