O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou que a taxa Selic manteve-se em 10,50% ao ano. De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), houve uma grande deterioração das expectativas de inflação nos últimos 45 dias, em virtude de uma política fiscal menos rigorosa, provocando assim uma incerteza quanto à condução da política monetária no próximo ano no cenário econômico.

Para o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, o melhor cenário para o setor industrial seria a continuidade do ciclo de redução dos juros que pode ser restabelecido nos próximos meses, permitindo ao Banco Central agir com segurança para auxiliar na recuperação econômica do Estado. "Essa decisão seria devido às condições difíceis que as empresas no Rio Grande do Sul estão enfrentando", afirma.

Ainda de acordo com o pronunciamento da FIERGS, manter o ciclo de cortes diante do desajuste macroeconômico que vem acontecendo nas últimas semanas, conforme o desastre que o solo gaúcho vem passando, pode ser prejudicial para a indústria. Com isso, também pelo fato da alta da taxa de câmbio e o aumento das expectativas de inflação, há riscos de elevação das taxas de juros futuras, afetando os custos de empréstimos e financiamentos.

Segundo o presidente, essas estáticas e resultados, há riscos para a concretização desse cenário. Como por exemplo dá âmbito doméstico, a inflação de maio mostrou-se significativamente acima das expectativas do mercado, impulsionada em parte pelos preços dos alimentos, que foram afetados pelas enchentes.