Heads questiona ferramentas de IA em ação criada para a Óticas Diniz no Mês da Mulher

Marca aproveita a popularização da inteligência artificial para discutir a visibilidade das mulheres nos cargos de liderança

Heads é uma agência do Brivia Group - Divulgação

Neste Mês da Mulher, a Óticas Diniz quer refletir sobre o porquê da sociedade - e, por consequência, os algoritmos de inteligência artificial (IA) - não ver mulheres ocupando cargos de liderança na mesma proporção que os homens. Para tanto, em campanha assinada pela Heads - agência do Brivia Group -, a marca lançou o filme 'Nem tão inteligente assim', que questiona essas ferramentas.

Para transmitir a mensagem, a peça utiliza imagens geradas com inteligência artificial. Os resultados refletem as respostas a comandos como: 'Mostrar um CEO'; 'uma pessoa de negócios'; e 'fundadora de startup'. Os conteúdos criados apresentam todas essas figuras como homens. Por fim, o texto complementa: "Enquanto só enxergar homens, nenhuma inteligência artificial vai ser tão inteligente assim".

Diretora de Marketing da Diniz, Luciane Gomes explica que a igualdade é um assunto fundamental na empresa. Atualmente, a marca tem o comando de mulheres na presidência e na diretoria de Implantação e Operações, além de 70% da gestão. Além disso, mais de 50% das lojas são comandadas por diretoras franqueadas. 

Para a profissional, a conscientização é o primeiro passo. Por conta disso, são realizados eventos internos que tratam sobre diversidade em toda a rede da Diniz. "Prezamos pelo respeito e acreditamos que o melhor caminho é buscar o conhecimento e promover reflexões sobre o tema", afirma. A campanha ainda faz parte da plataforma '#EnxergueComRespeito', que a empresa usa para causas sociais.

Na avaliação de Rafael Merel, CCO da Heads, os algoritmos "são opiniões embutidas em matemática". "Todo algoritmo carrega um pouco dos valores de quem os construiu. Se veio de uma sociedade com estereótipos, ele vai trazer isso. Penso que a discussão agora, que todo mundo tem acesso a inteligência artificial, se torna fundamental", pontua.

Comentários