Lei 'Vini Jr' é sancionada no Rio Grande do Sul

Norma, referente ao combate racial e homofóbico, foi proposta pela deputada Luciana Genro

Lei é contra o racismo dentro e fora do campo - Crédito: Divulgação/Débora Fogliatto

Na última segunda-feira, 8, foi sancionada pelo pelo governador Eduardo Leite (PSDB) a Lei 'Vini Jr,' que estabelece um protocolo de combate ao racismo e à homofobia no esporte. A proposta, que foi realizada pela deputada Luciana Genro (PSOL), havia sido aprovada pela Assembleia Legislativa, por unanimidade, em junho deste ano. Em homenagem ao jogador brasileiro do Real Madrid Vinícius Jr, reflete o engajamento na luta contra esses atos discriminatórios. 

A medida traz determinações para que, em casos de racismo ou homofobia durante uma partida de futebol, ela seja interrompida até que a conduta suspeita seja cessada. Em casos de voltarem a ocorrer, os atletas se retiram do campo de futebol por 10 minutos. Caso a situação prossiga, a partida deverá ser cancelada. Além disso, se acontecer no início do jogo, o árbitro terá a liberdade de realizar o adiamento. 

Durante a ocasião, estiveram presentes representantes dos clubes Grêmio e Internacional. O vice-presidente do Inter, Ivandro Morbach, disponibilizou a visibilidade do clube para promover a divulgação da ação. Já o presidente do conselho deliberativo do tricolor, Alexandre Bugin, ao se pronunciar, disse que o clube colocará no estatuto a lei sobre o combate às discriminações. 

O Grêmio também foi representado por Juliano Ferrer, coordenador do projeto 'Clube de Todos', e pela advogada Bruna Kellermann. Além disso, os organizadores e administradores dos estádios deverão divulgar o protocolo de que trata a lei por meio de recursos visuais de amplo alcance. 

A jogadora do Atlético da Mariana, Camila Alcântara, também esteve presente e se pronunciou a favor. "Para nós que jogamos futebol e que não estamos no centro, não estamos nos grandes clubes, essa medida contra a discriminação fará muita diferença", comenta. Além dela, o jogador Gian Martins, que atua em Israel, o ex-jogador Diguinho e o presidente do Esporte Clube Magia e da Ligay, Carlos Renan Evaldt, também estavam no local.

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