Museu da PUCRS pela primeira vez pode captar recursos pela Lei Rouanet

Além disso, em 2023, o centro de cultura teve um acréscimo de 23% na visitação e contou com a presença de mais de 1,6 mil escolas

Nova exposição está programada para começar em 2024 - Crédito: Bruno Todeschini / Museu da PUCRS

Em 2023, o Museu de Ciências e Tecnologia (MCT) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) registrou um aumento de público pagante de 23% e a presença de mais de 1,6 mil escolas. Além disso, a instituição também ampliou o atendimento às populações mais carentes e recebeu, gratuitamente, 24,9 mil visitantes. Agora, a direção do centro cultural, com o objetivo de lançar outras duas exposições, submeterá ao Ministério da Cultura um plano de captação de recursos que prevê o montante de R$ 7,9 milhões.

De acordo com o diretor do museu, Marcus Vinicius Klein, em conversa com a reportagem de Coletiva.net, 2023 foi um ano marcante, pois foi possível alcançar um "equilíbrio entre receitas e despesas". Isso só foi possível graças a uma série de ações como as Noites no Museu, o evento de aniversário e o projeto Museu Itinerante, além da reabertura da loja do local. "Levamos nosso acervo a quase 30 municípios gaúchos. Percorremos quase 13 mil quilômetros e estivemos em outros estados, como Paraná, Santa Catarina e São Paulo", disse.

Juntos com as ações, o aumento de público, com mais de 176 mil visitas às exposições, contando com o público do Museu Itinerante, foi preponderante para que fosse possível dar início a fase de transformações do MCT, a partir do plano de captação de recursos por meio da Lei Rouanet. Esta é, inclusive, a primeira vez que a instituição é submetida ao crivo do Ministério da Cultura pela legislação de apoio. "Nossos objetivos são muito ambiciosos. A partir dos incrementos queremos nos tornar cada vez mais uma referência para a ciência, educação e o turismo no Estado. Queremos ser para Porto Alegre, o que o Louvre é para Paris", pontuou.

Atração confirmada

Para este ano, o intuito é inaugurar a mostra 'Os Segredos do Museu' - ainda com nome provisório -, que tem o intuito de apresentar ao público os bastidores da instituição de forma interativa e imersiva . "É uma exposição inovadora, com muita tecnologia e projeções envolvidas. Assim, os visitantes poderão conhecer melhor todo o nosso acervo de plantas, animais e fósseis. Essa atividade está 100% garantida para 2024", afirmou Marcus. Diferentemente dos outros projetos, esse conta com aporte financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq).

Com o planejamento, o intuito é captar até R$ 7,9 milhões pela Rouanet, investimento que será utilizado para estrear duas exposições, além de promover ações educacionais, um novo espaço imersivo e aumentar as opções de sustentabilidade. Para isso, agora, Marcus busca o convencimento das empresas que ainda têm Imposto de Renda a serem pagos, que topem aportar 4% do valor no museu, conforme apregoado pela lei. "Até o momento já temos investindo no projeto quatro grandes companhias do Estado: Icatu Seguros, Grupo Ferrarin, Unimed e Ventos do Sul", completou.

 

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