Após a realização do quinto painel da campanha 'RS Sustentável: Cada Gota Conta', foi divulgada a recomendação que o processo da irrigação - tecnologia que fornece água, de maneira artificial às plantas-, seja utilizado como tecnologia de produção no Rio Grande do Sul. A ideia foi comentada e estudada pelo engenheiro agrônomo e assessor técnico do Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional da Assembleia Legislativa, José Enoir Daniel. A apresentação aconteceu no município de Canguçu, capital nacional da agricultura familiar.

A irrigação pode trazer a possibilidade de aumentar a produtividade e gerar emprego e renda no meio rural, porém apenas 4% da produção de grãos no Rio Grande do Sul é irrigada, ou seja, sendo responsável por ocupar pouco mais de 320 mil hectares de um total de oito milhões. Segundo o engenheiro, o espaço de produção está além da disponibilidade hídrica do estado. "São 1500 milímetros anuais, quantidade que dá para irrigar milhões de hectares. O que acontece é que o regime de chuvas aqui é diferente em cada época do ano", comenta. 

O engenheiro afirma que para a prática proporcionar resultados é necessário realizar algumas modificações e quebrar barreiras. "Há também a necessidade de enfrentar gargalos como a insegurança jurídica, a abertura de mais açudes para reservar a água das chuvas, a melhoria da qualidade da energia elétrica no meio rural e a eliminação de entraves burocráticos, especialmente, em relação às outorgas de uso", ressalta.