Daniela Schenato: Determinação, sempre!

Persistente, a paranaense costuma traçar metas a cada virada de ano e não desiste até atingi-las

Determinação é a palavra de ordem para a nova presidente do Grupo de Mídia do Rio Grande do Sul, a publicitária Daniela Schenato. Persistente, quando a paranaense, também coordenadora de Mídia da agência Escala, tem algum objetivo em mente, não desiste fácil. Daniela segue o mesmo ritual a cada Réveillon, quando procura traçar metas para serem obtidas até o final do ano. Mas claro que essas ambições ela não revela a ninguém, apenas conta que muitos dos seus objetivos já foram alcançados. Sua filosofia de vida é viver o hoje, pensar no amanhã e esquecer o passado. "Temos que apagar as coisas ruins! O passado só serve para você avaliar os pontos positivos e reutilizar o que foi bom." Seu plano do momento? Ela sussurra: "tirar férias!"


Ela se define como uma pessoa parceira, companheira, amiga, porém deixa claro que, para isso, precisa ser conquistada. Impulsiva, impaciente e sonhadora são as características que ela cita como defeitos e complementa dizendo que, para algumas pessoas, sua qualidade é falar demais, já, para outras, é defeito. "Sou muito brava na vida pessoal, na vida profissional isso não transparece. Sou exigente comigo mesma." Entretanto, para ela, sua grande qualidade, talvez virtude, é ter o dom de ser profissional de mídia. "Ninguém nasce sabendo. Acho que você tem que construir as coisas e as pessoas têm que ter dom para estarem em certas carreiras. Acho que tenho o dom para atuar em minha área", diz.


Nascida em Curitiba no dia 2 de março de 1970, chegou ao Rio Grande do Sul com nove anos de idade. Seu pai trabalhava na multinacional Hoechst do Brasil (indústria farmacêutica) e foi transferido para assumir a regional Sul, em Porto Alegre. Sua primeira impressão do povo gaúcho não foi muito boa. "Aqui, eu encontrei um povo muito frio e bairrista. Fui muito discriminada na escola porque falava "leite quente faz mal para os dentes"." Sempre foi muito estudiosa: "era do tipo CDF e nunca tirei nota baixa no colégio, só em religião. Meu pai me ensinou a sempre colocar os estudos na frente das brincadeiras, então, sempre tive compromisso com meus estudos", conta.


Realização profissional


Quando era criança, a mãe queria que a pequena de cabelos claros e olhos azuis seguisse seus passos como professora. Hoje, a situação é inversa e Daniela orgulha-se ao contar que a filha Ana Carolina, de dois anos e oito meses, costuma pegar sua bolsa e dizer que vai trabalhar na Escala. Se não fosse publicitária, possibilidade que nunca cogitou, talvez atuasse no ramo da advocacia, pois é uma carreira que acha brilhante e também por lidar com público.


Daniela sempre gostou e se identificou com a comunicação, mas a certeza sobre a futura carreira só veio com um teste vocacional, que apontou habilidades para a área criativa. Resolveu, então, ser publicitária. Seu pai foi o grande incentivador, mas faleceu às vésperas da formatura da filha, em 1992, pela Unisinos. Pós-graduada em Marketing pela ESPM, ainda na faculdade foi aos poucos percebendo que seu talento estava voltado para a área técnica da publicidade. "Quando eu fiz a cadeira de mídia, no primeiro ou segundo semestre, me apaixonei e pensei para mim: "é nisso que eu quero trabalhar"", conta. O passo a seguir foi peregrinar em busca de estágio, mas o mercado fechado e a falta de contatos tornaram árdua a tarefa. O início da vida profissional ocorreu numa pequena agência de publicidade, a extinta Bubolz, mas também atuou como representante de veículo de comunicação, na Vangard - Tókio e Método Propaganda.


Em 1999, começou a trabalhar na Escala, atendendo a um grupo de pequenas contas. "Me assustei muito com o tamanho da agência. É um sonho realizado estar trabalhando aqui. Nesse mesmo ano, no dia 21 de junho, a Escala publicou um anúncio em homenagem ao Dia do Mídia com uma foto de todos os profissionais do departamento. Eu olhei aquela peça e disse pra minha mãe: "eu ainda vou trabalhar lá"", conta. Hoje, atendendo a clientes como Colombo, Vivo Regional, Ferramentas Gerais, Shopping Total, Hospital Moinhos de Vento e Governo Estadual, garante que sua realização profissional é fazer parte desta equipe.


Eterna eclética


Prefere programas culturais como ir ao cinema ou ao teatro, mas também gosta de freqüentar barzinhos. Como os finais de semana são dedicados à filha, se chove, o destino é o playground de algum shopping da Capital. Mas, se faz sol, leva a filha para caminhar, andar de balanço ou fazer atividades recreativas no parque. Mãe e filha também costumam ler muito histórias infantis e brincar com a imaginação.


Quando vai ao cinema opta por assistir drama ou comédia. Não gosta de terror, mas acha suspense interessante. É uma eclética também quando se trata de música. "Só não gosto de sons "mela-mela! Mas sou fã mesmo de pagode, samba e axé. Também gosto de Bruno e Marrone, Roberto Carlos, de tudo um pouco", diz.


Não é adepta da culinária, mas garante que sabe fazer uma "bela de uma lasanha, como toda a italiana faz, e um strognoff maravilhoso!" Prática e moderna, não perde tempo na cozinha e a telentrega é a solução. "Tanto que no final de semana ou comemos no restaurante, ou fast-food ou pedimos uma telentrega. É mais fácil, mais prático e mais rápido."


A publicitária adora viajar e diz que, depois que se separou, foi juntamente com sua mãe que fez suas melhores viagens. Conhece diversos países, mas ainda pretende visitar a Europa. Praia é o destino favorito: "Odeio inverno. Amo verão, piscina, sol, mar! Quer me convidar para ir à praia, em especial as catarinenses? Eu já estou lá."


Mãe moderna, mas coruja


Descendente de italianos, as lembranças mais remotas de sua infância são a de uma família grande sempre reunida para comer a macarronada da avó nos almoços de domingo. Quando morava em Curitiba, ia passear com a família em Foz do Iguaçu todos os finais de semana e ainda passava as férias de Natal e Ano Novo na Serra gaúcha, em Guaporé. "Depois que meu pai faleceu e que a mãe foi diagnosticada portadora de Alzheimer, a família meio que se desintegrou. Meus irmãos têm suas famílias e moram em Santa Catarina. A gente não se encontra mais no Natal. Mas, claro, é outro momento. Tenho minha filha e ela é minha família, mas falo sempre com meus familiares."


Ela, que já casou de véu e grinalda na igreja e hoje está separada de seu segundo marido, afirma que vive integralmente para sua filha, Ana Carolina. A mãe-coruja afirma não ter encontrado dificuldades em conciliar casa e trabalho após o nascimento de Ana Carolina e credita o fato ao apoio incondicional que diz ter recebido de sua família. Sobre o amor pela família, ela resume em uma frase: "ela é minha grande realização como mãe, é quem me completa."

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