Eliana Camejo: O cupido levado pelo vento

Ela já passou pelas principais rádios do Rio Grande do Sul e hoje se dedica a transformar as pessoas e as empresas em notícia

Uma mulher simpática e apaixonada pelo que faz. Assim é Eliana Rosa Camejo, diretora da empresa Eliana Camejo Comunicação Empresarial. A taurina legítima, que se considera uma pessoa ética e perfeccionista, nasceu no dia 8 de maio de 1967, em São Paulo. Os pais eram gaúchos, mas foram ganhar a vida em São Paulo, e ela acabou nascendo por lá. Ainda pequena, com seis anos, veio morar em Porto Alegre, fruto do trabalho de seu pai, que tinha uma transportadora em São Paulo e abriu uma filial na capital gaúcha.
A caçula de dois irmãos guarda na memória as lembranças da infância, principalmente a união familiar e as viagens para as praias de Itanhaém e Peruíbe, no litoral paulista, que eram realizadas de carro. "Meu pai morreu há quase 20 anos e a minha mãe há dois. Então, esta coisa 'família' me faz falta neste momento e eu sinto saudades da convivência com eles", declara. Casada há dois anos com o ex-narrador da Rádio Gaúcha Roberto Carletti, a jornalista destaca que pretende suprir um pouco desta carência familiar tendo um filho - plano, no entanto, que ainda vai aguardar dois anos.
Formada em Jornalismo há 20 anos pela Universidade do Vale do Sinos, Eliana diz que não sabe fazer outra coisa. "Sou uma jornalista e, mais do que isso, uma apaixonada pela profissão. Só me vejo fazendo isso, eu nem sei fazer outra coisa", afirma.
E o vento a levou
Desde criança, sonhava em ser jornalista, mas, aos 17 anos, colocou na cabeça que precisava trabalhar e então teve seu primeiro emprego numa fábrica de balas, que durou apenas um mês, pois o cheiro das balas a enjoava. "Depois disso, fui levada pelo vento, pois sabia o que queria quando entrei na faculdade, por isso fui cursar Jornalismo", explica.
E o primeiro contato com a área aconteceu fazendo estágio na Fundação de Economia e Estatística, com Jairo Raymundo e Ana Vélcio. "Estas duas pessoas foram os meus pais no jornalismo", lembra. Terminado o período de estágio, a jovem foi encaminhada por Jairo para trabalhar no Departamento Aeroviário do Estado, como assessora de imprensa.
De lá para cá, não parou mais. Saiu do Departamento e assumiu como produtora na Rádio Pampa, depois foi para a Rádio Bandeirantes e, após, para a Rádio Guaíba, até que um dia um repórter tirou férias da Guaíba e ela foi intimada a sair do anonimato e virar repórter. A jornalista lembra que teve uma rebelião de sem-terra no prédio da Receita Federal e que, lá, estavam todos os repórteres mais experientes em jornalismo rural. "Eu dizia que não ia entrar no ar, então o Milton Ferretti Jung deu um grito e disse: 'Tu tá entrando no ar agora!'. E foi assim, levada pelo vento, que tive que entrar e falar e isso deve ter dado certo, porque, depois, fui convidada a trabalhar na Rádio Gaúcha e na CBN", destaca. 
Eliana lembra que, na primeira semana como repórter na Guaíba, o chefe de reportagens da Rádio Gaúcha, Claudio Moretto, telefonou para ela dizendo: "Não fala nada, aqui é o Moretto, da Gaúcha, vem conversar comigo esta semana", e ela recusou. E depois desta proposta disse 'não' mais umas três vezes para a Rádio Gaúcha. "Eu achava que era muito incompetente para trabalhar lá e tinha medo de enfrentar a RBS, aquelas coisas todas. Mas cada vez que eu dizia 'não', ele me aumentava uma hora extra. Então, chegou uma hora que não pude mais recusar e colocar dinheiro no lixo. Entrei na Rádio Gaúcha e fiquei lá por oito anos e meio."
O amor está no ar
A transferência para a Rádio Gaúcha rendeu, além do reconhecimento como repórter, um casamento. Eliana trabalhava na Gaúcha e CBN ao mesmo tempo, e o narrador Roberto Carletti era seu colega na Gaúcha, mas a aproximação só aconteceu quando ele foi deslocado para a CBN. "Quando ele foi para a CBN, nos aproximamos mais, nos tornamos amigos, começamos a namorar e há dois anos nos casamos", declara. O ex-narrador saiu da rádio há cinco anos para ser empresário de jogador de futebol e, em breve, pretende lançar uma empresa de artigos esportivos.
Um dos principais programas feitos pelo casal apreciador de sushi é desvendar a gastronomia da cidade e viajar para a praia de Itapema, em Santa Catarina. "Abriu um restaurante novo, lá estamos nós, e não importa se é inverno ou verão, o nosso reduto é Itapema, em Santa Catarina". Cinema é outra opção de lazer. "Desde que minha mãe faleceu, estamos frequentando uma igreja evangélica, e por isto estamos assistindo a muitos filmes na linha gospel, que diz respeito à vida de Jesus", aponta.
Além dos programas feitos com o marido, Eliana diz que, como uma agregadora no melhor estilo, gosta de unir as pessoas. "Gosto de vê-las juntas. Até casamento, eu faço por aí. Sou bem cupido mesmo", afirma. A última flechada bem-sucedida como Cupido foi unir o diretor da Plenna Comunicação, Roner Anderson, com a estilista do camelódromo de Porto Alegre, Isabela Tonin. "Sabia que os dois estavam sozinhos, então os convidei para um café da manhã para apresentá-los e deu certo. Hoje, eles estão namorando", revela.
'Espraiar' a notícia
O trabalho na assessoria de imprensa sempre esteve presente na vida da jornalista, que realizava as tarefas em paralelo às atividades na rádio. Até ir trabalhar na Guaíba, a empresária tinha uma sócia, mas decidiu partir para uma carreira solo e montou a Eliana Camejo Comunicação Empresarial.
Em 2005, optou por não mais conciliar as atividades em sua empresa com os veículos, dedicando-se exclusivamente à assessoria de imprensa. "Sempre gostei muito do processo de assessoria, de pegar as pessoas e as empresas e transformá-las em notícia. E chegou um momento em que não deu mais para conciliar o trabalho em veículos. Então, acabei optando por ficar só com a assessoria", aponta.
Se computar-se os anos desde o início da atividade em assessoria, a Camejo soma já mais de 15 anos no mercado, com inserções de atividades inclusive em nível nacional. É por isso que os planos para o futuro incluem estar com a assessoria numa projeção maior do que a atual. "Queremos 'espraiar' a notícia, colocando a Camejo no cenário nacional como uma das melhores assessorias de comunicação", projeta. Fora isso, Eliana assegura que, para sentir-se uma pessoa completamente realizada, só falta mesmo um bebê - aquele que está encomendado para daqui a uns dois anos?
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