Patricia Knebel: Ela é high tech

Jornalista, amante de Tecnologia e Comunicação e muito contente de conseguir conectar os dois mundos, ela afirma que a receita é experimentar

Patricia Knebel - Nicolas Chidem

Formada em Jornalismo pela PUC, com MBA em Marketing e Negócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Patricia Knebel confessa que, desde que surgiu a vontade de entrar na área, tinha a preocupação com a dificuldade que o mercado enfrentava. Por isso, a comunicadora começou a vida acadêmica cursando também Direito, o que perdurou por quatro semestres, até o dia em que as disciplinas específicas do Jornalismo iniciaram e ela tomou a decisão de abandonar a área jurídica. 

Com 18 anos de história no Jornal do Comércio, ela começou a carreira no veículo como estagiária de jornalismo econômico, mas, desde o início, produzia reportagens em todas as editorias do impresso. Garante que sempre pôde fazer experimentações, até escolher, de fato, o que combinava com seu perfil, o que aconteceu em um evento, ocorrido em São Paulo, completamente dedicado à Tecnologia, e onde Patricia se apaixonou pela área high tech, o que lhe rendeu nove prêmios da área de jornalismo de tecnologia.

A profissional lembra que quando manifestou sua predileção pelo tema ainda não havia número expressivo de pautas, era algo que precisava ser construído e garimpado, o que, segundo Patrícia, é completamente diferente hoje. Atualmente, é possível produzir um periódico apenas sobre inovação e, ainda assim, pautas serem descartadas. Na mesma época, o veículo tinha uma página intitulada 'Informática', na qual passou a atuar depois da identificação. E foi naturalmente, com os editores e colegas dando espaço e incentivo, que chega em 2020 como repórter e colunista semanal de Tecnologia e Inovação, algo que a faz comemorar, devido à credibilidade construída pelo veículo. 

Nem só de impresso

Mas não só de JC vive a profissional, ela também é empreendedora e cita a amiga Carla Lubisco como inspiração - inclusive, faz referência a ela em agradecimentos nas publicações das quais tem autoria. O exercício de suas habilidades com o mundo dos negócios se dá na Estúdio Editorial - editora de livros multiplataforma -, empresa que fundou em 2016 e que, no ano passado, foi motivo de orgulho, graças ao lançamento de quatro títulos, sendo um em São Paulo, que é intitulado 'Mundo Conectado'. Além disso, Patrícia também trabalha com produção de conteúdo e conta que faz muitas coisas ao mesmo tempo e gosta disso, principalmente porque não tem apreço pela rotina linear. 

Sobre as maiores conquistas, a autora dos livros 'Dos grãos aos chips: a história da tecnologia e da inovação no Rio Grande do Sul' (2010) e de 'A Reinvenção da TI' (2013), ambos finalistas do Prêmio Jabuti, acredita que seja o fato de ter tido sucesso ao aliar a Comunicação e o mercado tecnológico, integração que define como sendo a sua maior paixão. "Nós, jornalistas, temos o desafio de proporcionar novas formas de consumir informação", instiga. Foi com essa premissa que, em 2019, saiu do forno o 'Mentes Transformadoras', espaço digital que reúne conteúdos do Jornal do Comércio em áudio, vídeo e texto, para que os receptores tenham alternativas e escolham o que melhor combina com sua disponibilidade de tempo e com a vontade de se informar. 

Discreta no pessoal

Natural de São Luiz Gonzaga, interior do Rio Grande do Sul, filha da dona Marta Ana Mazocato e do seu Celson Knebel, que sempre quiseram que Patricia e a irmã, Gabriele, tivessem a experiência de viver e estudar em um grande centro, ela conta que a chegada a Porto Alegre foi difícil, porque seu pai ficou na cidade natal. A jornalista relembra que passou o primeiro ano com muita vontade de voltar a ter a convivência familiar diária, mas que, após um tempo, a ideia saiu da cabeça, graças às oportunidades de trabalho que surgiram.

A dinda e tia do Arthur, de pouco mais de um ano, confessa que o nascimento do pequeno foi muito desejado. Ela afirma que está em êxtase com ele, que é um novo amor e que adora ser presente na vida dele, tendo, inclusive, expectativas quanto ao seu crescimento. Com relação à Gabriele, a jornalista expressa afeto e orgulho, contando que a arquiteta é muito batalhadora e parceira.

Após ter sido tenista na infância, mesmo sem gostar, Patricia conta que, atualmente, a meta é voltar para a natação e intensificar as caminhadas, o que, segundo ela, é um momento de enfrentar incômodos que surjam na rotina, além de causar reflexão sobre o tamanho real de seus problemas. Colorada, ela também recordo com carinho a oportunidade em que os colegas de trabalho, também torcedores do Inter, reuniram-se e acabaram por assistir juntos e no estádio o time do coração ser campeão da Libertadores da América.  

Paciente assídua na terapia há uns bons anos, a comunicadora se define como entusiasta do autoconhecimento e curiosa sobre o comportamento humano. Patricia acredita que isso a fez encarar a timidez com mais maturidade e aceitar melhor o "falar em público". Conforme ela, sua vida, principalmente profissional, está em crescente melhora graças ao processo de se preocupar com garantir constantemente ser a melhor versão de si mesma. 

Essencialmente high tech

Sempre em busca de novidades, a jornalista afirma que gosta de acompanhar os gadgets e tem presente em sua vida a Alexa - assistente virtual da Amazon que realiza tarefas sob comando de voz. Confessa que explora bem a aquisição, interagindo com ela logo que chega em casa. "Alexa, toca a música tal. Alexa, me fala as notícias do dia", exemplifica. 

Entrevistada na Sala de Troféus do JC, acompanhada apenas de seu smartphone, a jornalista conta que recentemente surgiu o desejo de adquirir um smartwatch - relógio inteligente, que monitora batimentos cardíacos e permite atender às chamadas e visualizar mensagens sem ter em mãos o celular. "Minha única preocupação é quanto à segurança de dados, mas eu gosto e o que eu puder ter, vou querer", confessa. 

Já graças à sua afeição pela leitura, após indicar os livros 'Rápido e devagar', de Daniel Kahneman, 'Crime e Castigo', de Fiódor Dostoiévski, e 'Homo Deus', de Yuval Noah Harari, ela conta que o Kindle e o iPad também a acompanham. Os apetrechos, na sua visão, facilitam na rotina. Na mesma pegada de facilidades, Patricia ainda detalha que está adquirindo itens para a casa que podem se conectar com a assistente virtual. E isso tudo para garantir que consiga aproveitar o maior número possível de benefícios.

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