O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers), Eduardo Neubarth Trindade, denunciou um caso de assédio judicial contra uma jornalista da entidade à Associação Riograndense de Imprensa (ARI). O dirigente médico recebeu, na última quinta-feira, 9, o presidente da entidade, José Nunes, e a superintendente Thamara da Costa Pereira. No encontro, foi debatido sobre o caso sofrido por Viviane Schwäger, em ação movida pela Aelbra, mantenedora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).

O episódio ocorreu em 10 de dezembro e Viviane, que integra a Assessoria de Comunicação do Cremers há 20 anos, foi intimada judicialmente para prestar esclarecimentos sobre uma matéria publicada no site do conselho. O texto abordava a decisão do Ministério da Comunicação (MEC) de proibir a criação de um curso de Medicina pela Ulbra em Porto Alegre. A luta contra a abertura indiscriminada de escolas médicas é uma das principais bandeiras do conselho.

Para Eduardo, é inadmissível atacar uma jornalista por noticiar fatos, pois, de acordo com ele, o conteúdo publicado é fidedigno e não reflete a opinião pessoal da profissional. "Tentar coagir e intimidar uma jornalista como pessoa física é um ato absurdo e injustificável", ressaltou.

Os representantes da ARI manifestaram apoio à jornalista e se comprometeram a acompanhar o caso. Além disso, sugeriram a realização de um painel para discutir situações semelhantes de intimidação contra profissionais da imprensa. Também participaram da reunião o procurador do Cremers Juliano Lauer, o subcorregedor Vinícius Von Diemen e a coordenadora da Assessoria de Comunicação, Sílvia Lago.