Manual para a cobertura jornalística dos desastres climáticos

Conheça alguns dos tópicos abordados no livro recentemente lançado pelo projeto O Eco

Produzido pelo Grupo de Jornalismo Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Grupo de Estudos de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), certificados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), foi lançado em novembro de 2024. O e-book apresenta concepções sobre desastres, causas, sistema de gestão de risco no Brasil e práticas que podem qualificar as coberturas.

Conheça alguns dos tópicos levantados pelos pesquisadores no material, que sugerem os ciclos de atenção jornalística em situações como a das enchentes no Rio Grande do Sul:

As difíceis condições de cobertura
Precarização do trabalho, que impõe coberturas mais superficiais e factuais das questões que cercam o tema; busca de audiência, cliques e engajamento a partir da espetacularização e sensacionalismo; apuração apressada em tempo real, concomitante com o desenrolar dos fatos; falta de planejamento e/ou protocolos de atuação em momentos extremos, entre outros. 

As fases da cobertura
Atenção à percepção de riscos de desastres, com foco em prevenção, educação e iniciativas em prol do meio ambiente; no momento do desastre, promover atenção máxima sem atrapalhar a zona do socorro, prestar serviços, mencionar a gravidade dos fatos, identificar impactos imediatos, recursos financeiros e tempo para enfrentá-los, ouvir e contar as histórias das pessoas; no decorrer da crise, colocar o acontecimento em uma linha do tempo e em um eixo de causalidades, desenhar a cadeia de responsabilidades individuais, coletivas e públicas, acompanhar as ações de reconstrução econômica, social e ambiental
e construir memória 
do ocorrido. 

 

Leia também o livro 'A enchente de 24 -

A história da maior tragédia climática

de Porto Alegre'

 

 "Ao jornalismo, cabe também conduzir o público ao entendimento dos fatos", analisa o jornalista, colunista e correspondente do Grupo RBS Rodrigo Lopes, que também é professor e coautor da obra lançada na 70ª Feira do Livro de Porto Alegre, de 2024. Ao lado dos colegas André Malinoski e Marcelo Gonzatto, Lopes publicou o primeiro livro-reportagem sobre a catástrofe vivida no Rio Grande do Sul, a fim de deixar um registro histórico de tudo o que foi vivido." 

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