O que significam futurewashing, greenwashing, purplewashing?

Glossário auxilia na tradução e diferenciação de cada termo

Bluewashing: é o ambientalismo de fachada, especialmente nas partes "azuis" do planeta (oceanos, mares, lagos, rios).


Futurewashing: é um neologismo que indica estratégia de Comunicação e Marketing de determinadas corporações, marcas, organizações, governos, consultorias e consultores, com o propósito de construir uma imagem inverídica de si mesmo em relação ao futuro, sob o perfil de impacto inovador.


Greenwashing: quando uma empresa, organização ou governo propaga práticas ambientais positivas e, na verdade, possui atuação contrária ou neutra aos interesses e bens ambientais.


Pinkwashing: teve origem na década de 1990, quando diversas empresas decidiram "tingir" suas marcas de rosa durante o mês de conscientização para o diagnóstico precoce do câncer de mama a fim de vender seus produtos. Foi então que a Breast Cancer Action - movimento de sensibilização para o câncer de mama - denunciou as ações apontando empresas cuja luta era apenas de propaganda e com fins econômicos.


Purplewashing: emprego de mensagens de empoderamento e batalhas do feminismo para promover instituições, pessoas, e/ou produtos. O termo também é aplicado para denunciar a equidade de fachada em países ocidentais que, muitas vezes, ainda longe de terem alcançado a verdadeira igualdade de gênero, promovem-se como tal através de slogans e iniciativas.


Rainbow Washing: é a prática de demonstrar apoio à causa LGBTQIAP+ lançando produtos e serviços voltados para o público queer.


Sportwashing: é uma estratégia usada por estados ou governos que exploram o esporte para modernizar sua imagem e, muitas vezes, ofuscar a situação precária dos direitos humanos em seu país.


Wokewashing: a definição de wokewashing do Urban Dictionary é "usar questões de justiça social como estratégia de marketing". Ocorre quando as marcas exploram grandes temas da atualidade ou demonstram um súbito ativismo em relação a eles, mas o fazem principalmente para obter ganhos financeiros ou disfarçar políticas corporativas controversas.


Fonte: Arianna Mereu e Joice Preira, Speculative Design Hub Italian Institute for the Future

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