Tempos propícios à inovação

Por Patrícia Lapuente

Inovação é uma palavra que está na moda, principalmente em tempos de crise. No Rio Grande do Sul, as enchentes afetaram moradias e comércio, levando com a água e o barro milhares de sonhos da casa própria ou do estoque recém-cheio de produtos. Foram tempos difíceis. Muito difíceis, aliás. Dizem que são nesses momentos de caos e desesperança que surgem ideias que podem transformar a vida de todos para melhor.

De fato, a tecnologia ajudou nos mais variados momentos. Possibilitou que as pessoas recebessem alarmes por meio de mensagens de texto e viabilizou a criação de aplicativos e plataformas para auxiliar na arrecadação de recursos, por exemplo. Contudo, foi por meio do rádio que um senhor ilhado em Muçum ficou sabendo de informações e novidades sobre quando haveria resgate. Detalhe: sem luz e água, o companheiro do idoso nada mais foi do que o velho e bom rádio de pilhas.

Os meios de comunicação, a propósito, foram fundamentais durante este período. Os colegas jornalistas estavam incansáveis em busca de informações e relatos de medo e insegurança da população gaúcha. O Jornal Nacional foi transmitido no meio de uma Porto Alegre que recebia pessoas e animais resgatados em barcos e desembarcavam em uma Orla em situação de guerra. Quem não se lembra da imagem emblemática do cavalo Caramelo em cima do telhado?

Entretanto, fica a questão: como estar preparado para tamanha cobertura? É exatamente sobre isso que trata a primeira matéria da Tendências Inovação: como os desastres climáticos podem impactar na vida dos profissionais de imprensa, assim como iniciativas criadas em meio ao medo e à insegurança transformaram a vida de tantas pessoas e animais. 

Nesta edição, também tratamos sobre o futurismo, considerado uma ciência que tem como premissa realizar previsões e antever cenários, de maneira que decisões a respeito de diferentes temas possam ser mais assertivas. E quando se pensa em futuro, não tem como imaginar um cenário em que a Inteligência Artificial não apareça. Se, por um lado, o avanço é visto positivamente nos mais diversos setores, na Comunicação e no Marketing fica o debate: é preciso regulamentar e prever limites éticos. Afinal, até onde pode ir um robô?

Seguindo na mesma linha digital, a reportagem da revista quis descobrir: afinal, o que faz uma rede social ser um sucesso ou um fracasso? Quais são os motivos pelos quais o Instagram e o TikTok estão em alta, enquanto o Be.real ficou no mundo das lembranças (se é que é lembrado!). Ainda sobre mídias sociais, a última matéria traz um debate comportamental: eu também preciso ser um influenciador ou o look do dia interessa apenas a mim?

Com o encerramento de 2024 e olhando para trás, percebemos que as palavras-chave, pelo menos em solo gaúcho, foram empatia e resiliência. E é exatamente em busca de oferecer um conteúdo que te faça refletir sobre um futuro melhor que lançamos a nova Tendências Inovação, a primeira em versão 100% digital.

Autor
Gerente de Conteúdo

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