Semana passada tive o prazer de compartilhar a experiência em assessoria, junto com uma colega que é chefe de reportagem de um grande jornal do Estado, para um grupo de alunos do terceiro semestre de jornalismo. Falamos sobre os dois lados da profissão, conversamos sobre a realidade fora dos livros e chegamos a uma conclusão: jornalismo, acima de tudo, é paixão. É vício, amor, loucura e tá na veia.
Adoro essas oportunidades de conversar com futuros colegas. Ao sair de lá, fico com a esperança que novos profissionais assumam suas responsabilidades e façam jus ao papel do jornalista na sociedade. Dá pra ver bem os olhinhos que brilham, as perguntas curiosas de quem quer saber mais e as anotações no bom e velho bloquinho para compor o trabalho pedido pelo professor. São nessas ocasiões que vejo o quanto é legal trocar, compartilhar e ouvir quem já viveu um pouquinho mais.
Na faculdade, a hora é de experimentar, de desbravar as diferentes oportunidades que o curso nos oferece, de perguntar mesmo, de testar. Aconselho sempre os estudantes a estagiarem, jogarem limpo com seus gestores dizendo que estão ali para aprender e que a decisão de futuro pode depender do incentivo e da maneira que a atribuição é apresentada.
Este é um apelo para os dois lados. Aos estudantes, que corram atrás de diferentes oportunidades e que errem muito, sem medo, porque o momento é propício para isso. Aos gestores que não exijam experiência de quem está em busca de, que tenham paciência e sabedoria de ensinar e que carreguem consigo a formação de novos e bons profissionais. O Brasil está gritando por bons exemplos, por um futuro mais ético e essa juventude que vem aí tá querendo fazer a sua parte.