Cinco perguntas para Guilherme Hamm

Jornalista é diretor do departamento de Redes Sociais da Secom-RS

Guilherme Hamm é natural de Bagé - Crédito: Mauro Nascimento

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Eu sou um jornalista que adora política e esportes. Nasci e cresci em Bagé, lugar onde mora parte da minha família. Como muitos bageenses, carrego um apreço por algumas tradições, como o mate e o churrasco. Saí do interior em busca de formação na área da Comunicação e de novas experiências de vida. Cá estou, há 15 anos, já me considerando um legítimo porto-alegrense.

Hoje, atuo na Secretaria de Comunicação do Estado (Secom-RS), com foco nas redes sociais do governo. Presenciar os grandes acontecimentos da política gaúcha e transformar informações em conteúdos acessíveis de Comunicação Pública é algo que me orgulha muito.    

2 - Por que você optou pelo Jornalismo?

Acordar aos domingos e acompanhar grandes eventos esportivos pela TV era um dos meus programas favoritos na infância. Sensação parecida eu tive anos depois, quando me dediquei totalmente ao tênis, modalidade que pratiquei dos 11 aos 16 anos. Quando parei de competir, vi no Jornalismo a possibilidade de reeditar aquelas manhãs de domingo vendo televisão.

O gosto pela profissão aflorou ainda mais na Escola de Comunicação, Artes e Design (Famecos) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). As aulas, as trocas com os professores e colegas e as experiências profissionais fizeram eu sentir que estava no caminho certo. Ser jornalista é ter o privilégio de ouvir e contar grandes histórias. É claro que a profissão impõe dificuldades. Atualmente, porém, opto por um recorte das coisas boas dessa área que me apresentou muitas pessoas e me levou a tantos lugares. 

3 - Em janeiro, a área de Redes Sociais da Secom-RS, que integrava o setor de Jornalismo, recebeu status de departamento e você foi alçado a diretor. Quais mudanças esse movimento trouxe?

A mudança acompanha o que estamos vivendo na Comunicação. As redes sociais estão com as pessoas em todos os lugares: na mesa de cabeceira, no transporte, no trabalho e até no banheiro. Aliás, qual é a primeira coisa que você faz ao acordar e a última antes de dormir? Talvez seja verificar uma rede social. Essas plataformas mudaram drasticamente a forma pela qual as pessoas recebem e interagem entre si e com as informações. Vivemos em um mundo de telas e algoritmos, um ciclo que se retroalimenta - para o bem e para o mal.

O papel dos governos nessa história toda é ajudar as pessoas, melhorar o dia a dia delas mostrando que podem confiar na gente. Como fazer isso nas redes? Com um conteúdo transparente, objetivo, ágil e, muitas vezes, divertido. Essa combinação, somada à ideia de prestação de serviço público e de combate às fake news, é o que buscamos no dia a dia no governo. Nossa equipe é o reflexo do que é feito em toda a Secom-RS, sob a liderança da secretária Tânia Moreira, uma jornalista que defende a Comunicação profissional. 

4 - As redes sociais avançam de maneira rápida. No seu entendimento, quais aptidões são essenciais para um profissional da área?

A Comunicação é cada vez mais transversal. Usamos conceitos do Jornalismo, da Publicidade, do Design e de outras áreas. Essa diversidade de ideias ajuda muito, já que é um desafio criar conteúdo novo a cada dia. Profissionais bem informados e criativos costumam se dar melhor nas redes. Outro aspecto fundamental é ter curiosidade e sempre buscar referências e novos formatos e ferramentas. O legal é que, no ambiente digital, todo mundo pode aprender e ensinar, é uma troca que precisa fluir naturalmente. 

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Essa é a pergunta de um milhão de likes (hehe). É difícil prever algo na Comunicação e muito menos na vida. Uma coisa que o tênis me ensinou é que viver no presente é a melhor maneira de superar os desafios, sem deixar a ansiedade tomar conta. No futebol, dizem que o técnico deve escalar sempre quem está jogando melhor, mesmo que um jogador consagrado tenha que ficar no banco de reservas. Ou seja, também é sobre o momento, sobre o presente.

Penso que a política também é assim, e tenho muita satisfação em fazer parte do grande momento do governador Eduardo Leite (PSDB), o primeiro chefe do Executivo gaúcho reeleito desde a redemocratização. Aliás, a democracia é um bom ponto para finalizar: daqui a cinco anos espero viver em um Brasil menos extremista e mais civilizado. Pode até parecer que em uma democracia ninguém se entende, mas sem ela seria muito pior.

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