No Explore Stage, Fábio Bernardi fala sobre comunidades imersivas e experiência de usuário

Além do coCEO da HOC, o diretor-criativo Jeferson Araujo participou do painel, que foi mediado pela secretária de Estado Lisiane Lemos

Lisiane Lemos mediou conversa entre Fabio Bernardi (direita) e Jeferson Araujo (esquerda) - Crédito: Coletiva.net

No início da tarde desta sexta-feira, 22, último dia de South Summit Brazil (SSB), o coCEO da HOC - House Of Creativity, Fábio Bernardi, subiu ao palco do Explore Stage para o painel 'Explorando comunidades imersivas e novas tendências na experiência do usuário'. Junto com ele, estiveram o diretor-criativo Jeferson Araujo e a mediadora, secretária de Inclusão Digital e Apoio às Políticas de Equidade do Estado, Lisiane Lemos. 

O bate-papo começou com os profissionais compartilhando as visões sobre o que são as comunidades. Para Jefferson, trata-se de uma união de pessoas com interesses e objetivos em comum. O contato pessoal é preponderante nessa estrutura, o que mudou com a chegada do Covid-19, segundo ele. "Durante a pandemia, sentimos muita falta disso, o que acelerou a criação de comunidades virtuais e imersivas", pontuou. Porém, em um cenário pós-pandêmico, as pessoas voltaram a querer ter um contato presencial, na avaliação do criativo. "Embora, em razão dessa mudança, o virtual tenha diminuído nesse sentido, ainda há muito espaço para iniciativas", comentou.

Fábio concordou com a definição de comunidade, mas, para ele, se formos mais a fundo, hoje, elas vão além disso. "Atualmente, vemos comunidades que são agentes de mudança social e de fomento. Tem voz própria, inclusive política, e isso vai mexer demais com o mercado", disse. 

Para ele, no entanto, não basta que as marcas apenas interajam com as comunidades. "É necessário estar presente nelas, integrá-las para começar a ter uma relação de confiança. As empresas que conseguem se inserir nesse contexto têm muito potencial a explorar, inclusive, de cocriação", completou 

Como exemplo, ele trouxe o case da Olympikus, que há anos fomenta o conceito de comunidade com os consumidores. "Estou usando um tênis da marca, que é feito para maratonistas, mas eu não corro. Ou seja, a conversa deles com o público é tão legítima, que acabei sendo impactado."

Mas, para ele, há desafios para as empresas dentro desse cenário. O principal deles é a necessidade das marcas em começar a falar e a vender por meio das comunidades e não unicamente para elas. É usar o potencial dessas articulações em prol dos negócios, o que a marca de artigos esportivos, para Fabio, consegue fazer. 

Para completar, Jeferson salientou que a imersão é "grande aliada" para este objetivo. No entanto, a preocupação que se deve ter é se o conteúdo faz sentido. "Muitas vezes, as marcas chegam querendo que a gente produza materiais que estão datados ou que não têm a ver com o escopo". Além disso, também é importante ter constância para gerar identificação com as comunidades a partir desses conteúdos. "Por isso que sempre trabalhamos com uma espécie de 'pack de entregas' para criar uma frequência na comunicação. Não adianta nada a marca que sempre posta fotos, 'do nada', criar um filtro na rede social, e depois voltar para as fotos", finalizou. 


O time de jornalistas de Coletiva.net acompanha direto do Cais Mauá o South Summit Brazil - edição brasileira de um dos maiores eventos internacionais de Inovação e Tecnologia. Realizado de 20 a 22 de março, em Porto Alegre, esta é a terceira edição do evento em solo gaúcho. Neste ano, mais uma vez como media partner, há produção de matérias e entrevistas para o portal, envio de newsletters especiais, drops em Coletiva.rádio, repercussão e materiais exclusivos para as redes sociais e a gravação de um episódio do 'Fala, mercado', de Coletiva.tv, diretamente do local. A cobertura conta com o apoio da Corsan, do Grupo RBS e da PUCRS/Famecos.

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